sábado, 7 de maio de 2011

576 - Balada sobre uns nadas que avançam parados

Não consigo fazer da poesia lugar para acalanto
Antes tormento, aflição, desassossego e pranto
Nem mesmo a ti, etérea pastora dos meus versos
Consigo dar forma de nuvem sem vir tempestade
Desabam incrédulos os desejos sobre os ombros
Delira a mão de correnteza, rio que a tudo arrasta
E se do assombro restar quem sabe sal e ternura
Cede a minha sina: põe meu caos em tuas retinas

10 comentários:

AC disse...

A poesia é uma enorme barca...
Muito bom!

Abraço

Everson Russo disse...

A poesia por si só,,,se faz alimento a todos os sonhos...abraços de bom sabado...

Rejane Martins disse...

Camões, tão lindamente :)
um abraço, Assis.

Ingrid disse...

sempre somos vorazes e vamos no seguir dos desejos..
escritas sem barreiras e plena de sentir!
beijo Assis e bom findi

ErikaH Azzevedo disse...

Na felicidade ou na dor, a escrita está pra nos fazer sentir, e sentir num além mais....
Ainda bem que podemos fazer algo com o que nos extravasa...acalanto, ou pranto..tanto faz...comigo tem sido assim.
Bjos ao menino.

Erikah

Lídia Borges disse...

"Antes de tudo era o caos" Do caos nasce a obra às mãos do poeta.


Um beijo

Mirze disse...

Um dos mais lindos!

Assis, se continuar assim no final todos caem por terra,

Maravilha!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Jorge Pimenta disse...

o verdadeiro livro do desassossego, onde as retinas são abismos e aquele que atreve olhares o realejo de toda a cegueira.
um abraço, amigo!

dade amorim disse...

Lindíssimo, Assis, e fiel a teu estilo até na prosa.

Beijo merecido.

Luiza Maciel Nogueira disse...

esse caos nas retinas realmente furor em verso - de acorde alto, limpo, harmonioso, com suas nuances de caos que só quer equilíbrio

bjs