algum tempo acreditei na pele como atavio
e que a têmpera dos anos fosse delineando
o descaminho que flora na carne os sentidos
mas sob o impacto dessa chaga que me arde
diviso a luz que trespassa os corpos em sede
sei que a aurora fenece sem alarde e encanto
hoje tenho as mãos enredadas em solilóquio
nenhuma sombra acompanha-me de acalanto
nenhum canto suprime a inutilidade do existir
8 comentários:
Nossa! Fantástico Assis!
Muito forte este poema...
Forte, pesado, concreto,,,abraços de bom dia.
FORTE MESMO!
mas....D U V I D O. Não do triste poema, mas do solilóquio e da inutilidade do existir.
Tu? Jamais!
Beijo
Mirze
bonito.
florece sem alarde e sem encanto,
acho também
boa semana!
gosto da força das tuas palavras... embora existir possa ser bem útil ...
beijo grande
A poesia nos ampara quando o peito enfraquece...
Beijinho encantado, poeta Assis!
solidão inútil..
beijos sempre Assis..
Ai, os incômodos da vida são muitos. Ainda bem que exite a poesia.
Beijo, Assis.
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