não me soube vento em passeio por tua pele
como não me sabia sopro no encargo da voz
não me sabia sinal das tuas possíveis cartas
acumulei de presságio duna e branca nuvem
no céu habitei retinas de horizonte e arrebol
no caminho de lajedo e pedra deslizei silente
não me soube augúrio no passo da chegada
não sabia que no fado da água povoa soluço
de nada sabia e me afogavam língua e verbo
11 comentários:
Bandeira branca, amor.....não posso mais.....
Lindo soluço que povoa a água do fado.
Beijo
Mirze
A poesia se rende apenas a olhos sensíveis...
Beijinho com imensa admiração, poeta Assis!
árias em acalanto, num desassossego só, como num berceuse de Fauré.
Um apelo ao sufocado amor...abraços de boa semana pra ti amigo.
a língua e o verbo nem sempre sabem, querem apenas o sentir.
maravilha de ária.
abraço!
sentir cortante ..
beijo Assis e lindo domingo querido
Assis,
"de nada sabia e me afogaram língua e verbo"
Belíssimo!
Beijos,
Anna Amorim
O saber nem sempre importa... Importa sentir, deixar-se envolver pelas palavras, pela magia dos teus versos que carregam a alma em vôos inesperados.
Beijokas.
Nessas "retinas de horizonte e arrebol" aprende-se o que nada se sabia.
Obrigada pela lembrança, Assis, e um beijo.
augúrios crepusculares inaguram dunas de intenso branco. mesmo que entre alvoroços de língua e afasia de verbo.
abraço rítmico!
O melhor de ti é esse pouco saber e tudo sentir até o libertar do verso antes na gapreso na garganta. Beijo!
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