terça-feira, 23 de agosto de 2011

684 - cantiga para as águas que habitam os córregos e regatos

foi o gesto impreciso da tua mão que veio me visitar
a serenidade desse céu em que espargem nuvens
a melancolia de tantas horas premeditadas ao ócio

foi o gesto impreciso da tua mão que veio me visitar
envolver de suavidade esse regaço que contemplo
esquecer a sede e o tormento que aniquila o tempo

o orbe da palavra murmura memória: disse o poeta
como devaneio desperto criar aquilo que só vemos
neste gesto precioso da tua mão que veio me visitar

13 comentários:

Celso Mendes disse...

uma cantiga para a memória da pele.

belo.

abraço.

Luiza Maciel Nogueira disse...

Bem hajam toques para o regresso da poesia na pele. Maravilha!! Beijos

Unknown disse...

Belíssimo!

AVE, Assis!

Beijo!

Mirze

Joelma B. disse...

Aceno poético...

Beijinho encantado, poeta Assis!

Luna Sanchez disse...

Um toque bem leve. Que bonito.

Tania regina Contreiras disse...

L I N D O, garoto!!!!
Beijos,

Bípede Falante disse...

Assis, estou em uma fase assisiana completa. Não que os seus poemas estejam melhores do que eram. Mas estão mais afinados com o meu momento e com o que sinto, que de uns tempos para cá, eles me servem quase que como uma varinha de condão! beijoss

Lídia Borges disse...

Tão musical como água que corre no regato a inundar de beleza a memória.

L.B.

Cris de Souza disse...

Uma acordada cantiga para as fontes insones...

Beijo, mestre!

BlueShell disse...

Ainda bem que podemos, por vezes, esquecer a sede do tormento que aniquila o tempo!..Belíisimo poema...ainda bem que vim...porque me deleitei em tuas palavras.
Bj
em azul

Jorge Pimenta disse...

o poema que canta a pele ou a pele ela mesma o poema?
na tua voz, todas as combinações se tornam possíveis, assis!
abraço!

nina rizzi disse...

ó...

Rejane Martins disse...

eu os li todos, Assis, até os não comentados aqui, alguns reli, e algumas percepções ficaram em blocos de notas - há em teus poemas um volume considerável de sensibilidade, força e afetos aquáticos, quase tudo muito bonito.