urgem os arrepios nesta trilha de rubro
cantem os desatinos
urgem medéias, tristãos, édipos e infantes
cantem o desencontro
urgem rosas, violetas, jasmins e girassóis
cantem os destemperos
urgem mãos que enlaçam retina e fronte
cantem o desassossego
urgem ritos para incendiar pontes e ilhas
cantem os desvarios
urgem demônios cavalgando as palavras
cantem o desalinho
urgem trilhas para os incautos e insanos
cantem os desenganos
urgem moitas, veredas, soslaio e gravatás
cantem o desembaraço
urgem aflição, medo, atavio e desespero
cantem os descompassos
urgem ponto, parágrafo, sina, vida e morte
cantem o desenlace
10 comentários:
é assim a tua poesia, amigo assis: feita de urgências maiores. como o homem e a sua condição, afinal.
urge abraçar-te!
de todos os abrigos o desamparo
decanta os tudo
Urgem intensos acordes de amor a vida,,,ao coração...abraços de bom final de semana.
Urge vida, Urge morte,,,sempre num canto com violino solo!
Maravilha!
Beijo
Mirze
Belíssimo!
Beijinho encantado, poeta Assis!
então disse o saí quando viu a serpente: se não responde
[...]
Assim rouba-me o fôlego...
Beijo, mestre!
desconcertante ária:
alinho compassos, embaraço enganos, encontro vários temperos, atino enlace - assossego.
uau Assis!..
de emocionar ..
lendo e relendo em voz alta.. sentindo ..
beijos querido poeta!
Aos teus cuidados, a palavra cicia, enrosca-se e atinge o clímax.
Abç fraterno.
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