tu me soubeste sal para regaço da língua
sob o desígnio das trovoadas eram riscos
raiando a alvorada em folguedos e guizos
tu me soubeste espinho na tua inquietude
em que abraçavas o espanto sem máculas
e soçobravas no sumo de atônitos desejos
tu me soubeste no atavio para tuas vestes
ornadas de semblantes, desvarios e fugas
eu era o único soluço a despir os girassóis
16 comentários:
Soluço a despir os girassóis? Faz isso comigo não... Já sou fascinada por girassóis e despidos então...
Bravo!!!
tu me soubeste espinho na tua inquietude
em que abraçavas o espanto sem máculas
demais.
Totalmente demais o soluço a despir girassóis...abraços de bom dia pra ti amigo.
Cada vez melhor Assis, cada vez mais belo. Beijos
Isso que é perfume...
Bom dia, mestre!
Beijos.
regaços de língua são linguagem primordial que a própria vida há-de tornar verdadeira, mesmo que à distância do mais agudo dos estudos. até porque livro nenhum fala de girassóis desnudados.
verdadeiramente arrebatador!
abraço!
A subtileza e a intensidade de mãos dadas...
Bravo!
Abraço
E agora? Não és mais soluço para despir girassóis?
DEMAIS. AGORA TRANSBORDOU POESIA!
Beijo
Mirze
ando sumida, mas pra mim você ainda é o melhor!
teus versos, essas substâncias voláteis em soluço, sal curado.
soluços que despem girassóis
são sagrados
...
forte abraço,
irmão.
Deixo transbordar o fascínio por tua voz, poeta Assis!
Beijinho com imensa admiração!
Poesia do dia-a-dia: deveras impressionante, Assis. Sal para despir girassóis.
um girassol desnudo macula retinas de poesia. e te soubeste sal.
abraço, grande poeta.
sabores de espera.
beijos querido
As palavras jogam entre si, e nada indica que isso pode ter fim.
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