terça-feira, 1 de dezembro de 2009

50 - outro poema sem título

evito o escárnio dos lábios
mas saboreio doce de língua

assim, quando vires o joio
separe os trigos da intriga

não penses que sempre passo
às vezes fico suficientemente

como a luz disforme pairando
languidamente pelas esquinas

4 comentários:

O Neto do Herculano disse...

É uma arte saber separar o joio na vida, principalmente nos versos.

Sueli Maia (Mai) disse...

Uma excelente dieta. Poesia assim, nutre a alma.
Obrigada pela visita e comentário.

Abraços e boa semana.

nina rizzi disse...

é... quem perde o corpo é a língua...
um beijo.

Lavinia Andrill disse...

Deixo-me e levo-te sempre comigo. Doravante! Delicias... Delicias...