quarta-feira, 3 de março de 2010

142 - É no corpo que crio raízes

É no corpo que crio as minhas raízes
nele reinvento destroços e imagens
cultivo o que me chega e se anuncia
como uma ponte, qualquer passagem

É no corpo que crio as minhas raízes
Nele acalmo a dança sonora do tempo
Abarco desídias e pacifico as palavras
Inventario o silêncio que foge ao vento

8 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Teus poemas são como 'polaroides'. Revelação instantânea de teus silêncios. Aqui as palavras plasmam do etéreo. Neste, há uma árvore robusta e sobre os galhos poemas sonoros são folhas dependuradas a balançar.
Muito lindo isto.

líria porto disse...

bonito, bonitooooo!
gosto dos teus versos!
besos

Anônimo disse...

O corpo transforma enquanto a alma caleja.

Muito bom, Assis.

Beijo.

NãoSouEuéaOutra disse...

mil e um poema, mil e uma noite... a relembrar as histórias das arábias...

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

Para mim que faço do corpo único lugar possível de existir e não acredito em raízes fora dele, porque não há o sobrenatural ou espíritos por aí...tenho no teu poema um alento

ErikaH Azzevedo disse...

E quando eu vejo que ainda faltam centenas de poemas seus a curtir, alivio o pensar e entrego-me ao sentir. Sabe, já imagino qdo as coisas vão começar a ficar complicadas, lá perto do milésico poema..rs

menino, aqui tenho eu criado raizes.

Bjos

Erikah

Lou Vilela disse...

Tem um(a) homenagem/agradecimento procê lá no Nudez.

Bjs

Gerana Damulakis disse...

A imagem do vento e do silêncio e da fuga: gostei muito.