segunda-feira, 29 de março de 2010

168 - berceuse


Não me peças urgência
Pois ando a imantar palavras
A fazer malabarismo com o verbo
Quem sabe assim eu possa resistir
A esse vendaval de açoites da tua carne
E imolar todo o corpo em versos de mansidão

10 comentários:

O Neto do Herculano disse...

O verbo às vezes são laranjas, maças;
mas em mãos menos hábeis sempre serão frutas no chão.

Sueli Maia (Mai) disse...

Não há consolo que aplaque dos quereres as urgências. O amor é breve, a paixão é um açoite e o berceuse de Brahms é canção de ninar.
Mas sem dúvida alguma você imanta palavras e teu poema é pura mansuetude. Lembrei de uma caixinha de música com uma daquelas bailarinas a rodar.
Cheiros, poeta.

Lou Vilela disse...

Versos para se ruminar durante uma vida...

Beijos

J.F. de Souza disse...

Vou vir aqui e relê-lo outras vezes. Gostei demais!

(Preciso, hoje, recuperar essa destreza perdida. Saudade de versos de mansidão...)

1[]!

Anônimo disse...

Vc vem mansinho, e ainda assim, rasga.

Gosto disso =).

Beijo terno.

Sylvia Araujo disse...

E mesmo assim não há como não nos tornarmos vassalos do que não se traduz.
Boa tentaiva, Assis, mas a paixão assola e soterra até as letras. rs

Lindo!

Meubeijopravocê

nina rizzi disse...

berceuse, do francês: canção de berço.
safadinho esse neném, né?

vc, poeta de berço.

cheirocheiro.

Zélia Guardiano disse...

Muito lindo!
Sou simplória nesta questão de comentário, mas minha alma vibra numa frequência inacreditável quando leio seus versos...
Um abraço

Gerana Damulakis disse...

Outro que merece caixa alta para dizer que cada vez sua poesia alcança mais.

Bravo disse...

Assis
Deixa-te levar por esses açoites.
Enquanto fazes esse malabarismo verbal.

Um abraço.