segunda-feira, 8 de março de 2010

147 - Cantata

envolvente o fio a esparramar-se
que eu queria ter três corações
para somente com espadas expiar

esse teu corpo correnteza que desliza
e parece que grita o agudíssimo
e inefável precipitar de vagas realezas

que te dôo símbolos de busca e avareza
pois de tantas mortes que eu me revivo
mais caminhos se fazem porto neste vício

8 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Ah! Se todos os jogos de amor fossem assim: Poesia e não 'buraco'. Então casais enamorados seriam reis e rainhas de todos os naipes e se entreolhariam cantando jogadas e entoariam seu vício - amor e poesia entre cartas.
Com morto e sem morte é fácil gritar - BATI!

beijos, amigo

Bravo disse...

O poeta
Viaja incógnito
Por entre as palavras.
Carregando
Todo o siêncio do mundo.
Descansando
Sómente
Nas entrelinhas.

Um abraço.

Bravo

dade amorim disse...

Poesia rima com utopia. As duas se encontram no que têm de melhor.

Beijo.

Jorge Pimenta disse...

Porque nos teus versos, os sons e os sentidos se conjugam numa perfeita harmonia, reescreves o conceito de cantata.

Um abraço!

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Assis,
Gostei imenso de vossa cantata e friso esta parte aqui:
"de tantas mortes que eu me revivo"

Abraço minbaiano,
Pedro Ramúcio.

Anônimo disse...

Caminhos teimosos em busca do naufrágio...

Beijo.

Lou Vilela disse...

Ah! os vícios...

nina rizzi disse...

assis, prefiro os graves, apesar de serem crônicos. quem nem vício, né, que a gente até fica de abstinência, mas sempre tem uma recaída.

aiai, uma saudade daqui, sabe...
cheiro, visse.