Se eu soubesse um pouco mais
Eu juro que daria de bom grado
Repartiria em pequenos fardos
Essas tormentas não são ao acaso
Vazam em vagas mal habitadas
Não somente nos pequenos versos
Em doses habituais de silêncio e pó
Que a tudo retorna, como mistério
Para mais um crepúsculo nesse cais
Se um soubesse um pouco mais
Eu teria mais idéias e menos certezas
E farejaria teu sexo sem essa gentileza
7 comentários:
Afe! essa última estrofe já valeria o poema, o qual, diga-se de passagem, foi rastreado por um excelente faro! ;)
Beijos
e se, em vez de sabermos um pouco mais, fôssemos capazes de nos desprendermos de tantas coisas que sabemos...
Um abraço, Assis!
Saber é poder. Vida e morte se conjugam nos versos...E a linguagem ressuscita, nos salva e faz de um corpo uma canção, e tudo aquilo que mais quiser sentir é só imaginar.
Apurar os sentidos é saber-se capaz de, prá sempre, cativo dos cheiros, dos sons, texturas e dos sabores da língua e dos sonhos, imortalizar o que se ama.
Belíssimo este poema, Assis.
...
Agora sou eu com as minhas abobrinhas:
- muitas vezes quando te leio, Assis, é como se tu - dominando uma espécie de ectoplasma - transformasse o poema em algo tangível, palpável. Plasmar o desejo em um poema e numa espécie de efeito 'metafísico' dar-lhe forma, contorno, visibilidade a nós pobres mortais. "Nanotecnologia poética" (risos)
Sherazade adiou a morte
E aqui temos a promessa de mil e um poemas. Muita vida, poeta!
bjo
eu aceito como serenata. e não fosse a natureza, nunca mais ficava triste.
ai, esse último verso... como é apertaa uma virginade assim, que santiade, odoyá!
cheiro, meu rei.
Sempre queremos saber mais, o que é ótimo.
Um dos melhores resultados disso é esse à vontade diante da vida.
Abraço pra você.
Nada sei e gostaria de saber menos ainda...
Lindíssimos os seus versos!!!
Parabéns!
Um abraço...
Puxa... é verdade... mas o que adentra às vezes são as incertezas, nas frestas que deixamos abertas quando em tristeza.
Abraço.
Postar um comentário