nem sempre foram serenas as preces
com que inventei o assombro da paixão
nem desmedidos os versos que te imolei
para dar descanso à fadiga das mãos
pois cumpro penas de doar-me e te servir
e de carpir o calabouço de horas e dias
sem bruma que flameje o peito insano
para fazer restauro ao caos de tanto sentir
21 comentários:
O assombro da paixão sempre nos deixa assustados....um forte abraço amigo e um belo dia de paz.
Quando um Homem chora o seu poema, eu calo e me quedo, porque é preciso muita coragem prá carpir um amor assim desmesurado.
cheiros de acalanto.
ô meu rei!
tarefa árdua né?
entre o rezatório e o trabalho braçal vai minguando o coração...
Abração!
Quando a poesia é grande demais para carregarmos despejamos em versos e sinalizações. O amor há de viver! Abs meu caro amigo.
"para fazer restauro ao caos de tanto sentir"
Boa frase.
Amiguinho, "o caos de tanto sentir" é algo que me vem íntimo, conheço, reconheço e admiro a forma como aqui foi posto: parabéns novamente!
abraços,
tania
Sentir,
realmente,
é um caos.
Amigo Assis
Sentimento é realmente fator caótico...Chega revogando leis, rasgando estatutos, apagando ensinamentos milenares...Ai! Há, mesmo, que se fazer reparo!
Lindíssimo, como sempre!
Forte abraço.
Li, reli... - Inquietante, meu caro!
Abraços
Quera uma vida Serena. mais tive muitos ventos em meus caminhos..
Bjs
Insana
Quem tem dessa entrega, sabe de todos os pormenores e maiores! ;)
Não sei como vc faz isso, poeta, mas vc o faz!
Abraço.
maradona da pituba,
só tem amor, quem tem amor pra dar.
lembra disto?
beijão do
coalhada do beco do onça.
quando a escrita e as preces dão as mãos... o coração está em pré-falência... restaure-se-o, pois.
um abraço!
Doe-se à seus versos, de corpo e alma.
Bjos!
Um poema-prece, onde ecoa o amor de um homem. [raridade]
Desejo que a restauração tenha sucesso!
Belíssimo!
Beijos
Mirze
"Organizar um caos, eis a criação" (Apollinaire)
Um poema apaixonado é uma oração assim, uma confissão e uma catarse - e sabe tudo.
Lindo, Assis.
Um beijo.
assis, sua cara de outono fica linda daqui onde alcança minha vista. essa aurora mais que bela donde sempre é verão. isso elleniza perfeitaverdade com essa brabeza de sentir. me lembra uma música antropófaga em que o cara se dá, se despe, aos cuspes, às mordidas, à comilança, enfim, à vida, que sem amor, ó, nem tem graça.
te beijo, ó imolador de versos.
que lindeza, Assis!!
carpir o calabouço de horas e dias...só mesmo por uma amor assim desmedido
encantada com teus versos
abraços imensos pra ti
Rapaz, quando não venho aqui já me sinto como se faltasse a um compromisso. Precisa comentar? Bom mesmo é ler! A magia está aqui, evidente em poemas como esse.
Abração.
"O caos de tanto sentir": bom demais.
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