quinta-feira, 13 de maio de 2010

213 - poema imprevisível para amor demais


nem sempre foram serenas as preces
com que inventei o assombro da paixão
nem desmedidos os versos que te imolei
para dar descanso à fadiga das mãos

pois cumpro penas de doar-me e te servir
e de carpir o calabouço de horas e dias
sem bruma que flameje o peito insano
para fazer restauro ao caos de tanto sentir

21 comentários:

Everson Russo disse...

O assombro da paixão sempre nos deixa assustados....um forte abraço amigo e um belo dia de paz.

Sueli Maia (Mai) disse...

Quando um Homem chora o seu poema, eu calo e me quedo, porque é preciso muita coragem prá carpir um amor assim desmesurado.
cheiros de acalanto.

Anônimo disse...

ô meu rei!

tarefa árdua né?
entre o rezatório e o trabalho braçal vai minguando o coração...

Abração!

[ rod ] ® disse...

Quando a poesia é grande demais para carregarmos despejamos em versos e sinalizações. O amor há de viver! Abs meu caro amigo.

Vanessa Souza disse...

"para fazer restauro ao caos de tanto sentir"

Boa frase.

Tania regina Contreiras disse...

Amiguinho, "o caos de tanto sentir" é algo que me vem íntimo, conheço, reconheço e admiro a forma como aqui foi posto: parabéns novamente!

abraços,
tania

O Neto do Herculano disse...

Sentir,
realmente,
é um caos.

Zélia Guardiano disse...

Amigo Assis
Sentimento é realmente fator caótico...Chega revogando leis, rasgando estatutos, apagando ensinamentos milenares...Ai! Há, mesmo, que se fazer reparo!
Lindíssimo, como sempre!

Forte abraço.

Lou Vilela disse...

Li, reli... - Inquietante, meu caro!

Abraços

Insana disse...

Quera uma vida Serena. mais tive muitos ventos em meus caminhos..

Bjs
Insana

Anônimo disse...

Quem tem dessa entrega, sabe de todos os pormenores e maiores! ;)

Não sei como vc faz isso, poeta, mas vc o faz!

Abraço.

Primeira Pessoa disse...

maradona da pituba,
só tem amor, quem tem amor pra dar.
lembra disto?

beijão do

coalhada do beco do onça.

Jorge Pimenta disse...

quando a escrita e as preces dão as mãos... o coração está em pré-falência... restaure-se-o, pois.
um abraço!

Joana Masen disse...

Doe-se à seus versos, de corpo e alma.
Bjos!

Unknown disse...

Um poema-prece, onde ecoa o amor de um homem. [raridade]

Desejo que a restauração tenha sucesso!

Belíssimo!

Beijos

Mirze

Juan Moravagine Carneiro disse...

"Organizar um caos, eis a criação" (Apollinaire)

dade amorim disse...

Um poema apaixonado é uma oração assim, uma confissão e uma catarse - e sabe tudo.

Lindo, Assis.

Um beijo.

nina rizzi disse...

assis, sua cara de outono fica linda daqui onde alcança minha vista. essa aurora mais que bela donde sempre é verão. isso elleniza perfeitaverdade com essa brabeza de sentir. me lembra uma música antropófaga em que o cara se dá, se despe, aos cuspes, às mordidas, à comilança, enfim, à vida, que sem amor, ó, nem tem graça.

te beijo, ó imolador de versos.

Andrea de Godoy Neto disse...

que lindeza, Assis!!

carpir o calabouço de horas e dias...só mesmo por uma amor assim desmedido

encantada com teus versos

abraços imensos pra ti

Marcantonio disse...

Rapaz, quando não venho aqui já me sinto como se faltasse a um compromisso. Precisa comentar? Bom mesmo é ler! A magia está aqui, evidente em poemas como esse.

Abração.

Gerana Damulakis disse...

"O caos de tanto sentir": bom demais.