sexta-feira, 23 de julho de 2010

284 - Pequeno poema de iniciação

Escapam-me os ofícios de querer-te
Eu que já intentei tantos caminhos
E somente vagas colhi nesses passos

Cabe-me articular vento e singeleza
Por onde fitas cores de insanos olhos
A invocar sinais e lírios adormecidos

13 comentários:

Everson Russo disse...

EM momentos da vida não adianta mudar caminhos,,,cairemos sempre no mesmo,,,,abraços de bom final de semana.

Jorge Pimenta disse...

os teus versos fazem-me recordar uma cantiga de amor, do lirismo trovadoresco, da autoria de pero da ponte, que tem por primeiros versos "se eu pudesse desamar/ a quem sempre me desamou..."
um abraço, vibrante poeta amigo!

Marcantonio disse...

A evocação pelo Jorge dos versos trovadorescos me parece perfeita.

Nessa articulação de ventos, caminhos, olhos insanos e lírios adormecidos, não a singeleza da iniciação, mas as dádivas de um consumado poeta!

Abração!

ítalo puccini disse...

escapam-nos versos assim,
tão bons!

parabéns, cara!

abração!

Luiza Maciel Nogueira disse...

ah Assis, as vezes eu penso que quando chegares no poema 1001 eu vou ficar tão triste de não poder mais te ler novos poemas.

Bjs.

ana p disse...

Tão bonito.....

Daniela Delias disse...

Articular vento e singeleza, Assis? Só mesmo um poeta como tu! A delicadeza reina nesse blog...

Anônimo disse...

Belo, sempre!

Beijo.

Sandra Gonçalves disse...

Lindissimo, belamente escrito.
Bjos achocolatados

Gerana Damulakis disse...

Uma bela iniciação.

Fred Caju disse...

"...machine à émouvoir...", já dizia Le Corbusier.

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Assis,
Por dizer de iniciação, desejo e vontade do corpo (e da alma) é percorrer-te todos os versos do mileum novamente, feito as veredas de um grande sertão...
Oxalá, 2001 se sejam: desinfinitamente...

Abraço enveredado,
Pedro Ramúcio.

Cris de Souza disse...

Esse aroma vocifera..

Grandes versos!