segunda-feira, 4 de outubro de 2010

357 - improviso sobre aquele poema que não te dei

ao te ver em velas, velo
o torpe desvelo, novelo
em que se tece, esquece
a dor e o desvario, rio

desse fruto tosco, mordo
e afino migalhas, guitarra
de tão línea fibra, retina
largamente em ilhas, sina

a cada verso findo, minto
e a ti flor prometida, linda
recorda-me o destino, tino
sobraçar o vazio, principio

32 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

É tão bela a aliteração que poema os tímidos, que todos os poemas deveriam - eles mesmos - se rebelar e se entregar em mãos de amantes.
São tímidos os poetas?
Adorei a melodia do poema.

cheiros

ANGELICA LINS disse...

Tua chama
clama
por delírio
para o corpo
calor
para os olhos
colírio.


Bela manhã.
[abraço-te]

Everson Russo disse...

Os versos prometidos e não dados são carregam sempre um segredo a mais...abraços de boa semana pra ti amigo.

M.C.L.M disse...

Essa poesia não se esvai...
No princípio era o "verso"...

bjo.

Batom e poesias disse...

Acordei ontem com vontade de ler Assis.
Carreguei seus versos comigo o dia inteiro.
Hoje passo para agradecer o lirismo que me fez menos só.

bjs
Rossana

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Assis,
Agora tá dado, poeta...

Abraço grande,
Ramúcio.

Wanderley Elian Lima disse...

Olá menino
Muito boa essa rima sequenciada. O poema toma um ritmo acelerado.
Abração

Marcantonio disse...

Poema perfeito, eito de sonoridades, alardes do poder da palavra, lavra de esteta, poeta!

Abração!

Vanessa Souza disse...

Vazio com contornos.

.maria. disse...

Ao meu bom herói

você versa o que lhe arde, mártir
enquanto teço o meu novelo, zelo
e a epopeia que principia, lia
o que se faz meu desespero, desterro

Bípede Falante disse...

Amei :)

Bípede Falante disse...

e senti um arrepio!

Bípede Falante disse...

Ou vários!!
bj.

Domingos Barroso disse...

Camarada Assis,
leio o poema
tirando um som
da escrivaninha

Maravilhoso improviso.

Forte abraço.

Sandra Gonçalves disse...

Os versos são presentes assim que gerados.
Bjos achocolatados

Anônimo disse...

Bela sequência de palavras. Improviso que despertou bons sentimentos. Beijo meu, querido Assis.

Anônimo disse...

Bela sequência de palavras. Improviso que despertou bons sentimentos. Beijo meu, querido Assis.

Unknown disse...

Belíssimo, Assis!

Se é um improviso, imagino o previsto e pronto!

Maravilhoso!

Beijos, POETA 1000!

Mirze

Lou Vilela disse...

Teus improvisos surpreendem...
Lapidação exemplar!

Beijos

Ingrid disse...

se voce soubesse o bem que me faz ler tuas palavras Assis ...
todos os dias..
versos e versos..
um beijo.

Luiza Maciel Nogueira disse...

brilhante Assis, essas brincadeiras com as palavras são as rimas mais belas

beijos

Daniela Delias disse...

De tudo o que mais sinto falta nesses dias sem internet, nada se compara à vontade de estar aqui!

Beijos,

;)

Gerana Damulakis disse...

O domínio sobre as palavras. Evidente domínio.

Lau Milesi disse...

Lindo, lindo e lindo.Linhas que se tecem, sem risco. :)
Parabéns, poeta, e muitos e muitos "bravoooo"!!!!!
Beijo.

Cris de Souza disse...

Ao te ler,lago.

líria porto disse...

bonito, ritmado - improvisos assim - eu quero!
besos

Jorge Pimenta disse...

o jogo aliterativo sobre que constróis este poema é brilhante. conduz ao visualismo e ao sensacionismo puro... em forma de "v". contínuo, constritivo, fricativo, ou simplesmente o vento, ele próprio, sem asas.
um abraço, poeta de faces mil (e uma :))!

dade amorim disse...

Cadência, aliterações e sonoridades que se cruzam e tiram de cada palavra tudo que poderia dar ao poema. Nossa, Assis, você é demais.

Beijo.

dade amorim disse...

Posso transcrever o poema no próximo Poema-Amigo?

Anônimo disse...

Perfeita construção!

=)

Maria Paula Alvim disse...

Verseja-se muito bem por aqui, não?!

blogge disse...

Belíssimo!