não concebo mais noite entre teus sóis
tu que de claridades intensas me fitas
tu que resolveste adiantar-se aos faróis
ser rota incandescente nessa avalanche
não concebo a noite na lamina, no corte,
na imagem reticente de todos os corpos
na lágrima que purifica de suor os poros
na fria decomposição deste mar de sede
ar febril que assola retinas empertigadas
e dá forma de vazio ao abraço do silencio
20 comentários:
Assis!
Um improviso que leva no barco imagens de sóis, lâmina e corte.
É febre da sorte!
Fantástico!
Um beijo, poeta MI
Deixe brilhar o farol que serve de norte para a sua vida.
Abração
Inconcebível é deixar de levitar em versos, mesmo que vez ou outra, como você o faz tão bem.
Abraços!
muito bom, assim como a prosa poética de Mai.
Os olhos que veem a alma
são sóis (brandos ou terríveis)
e não há escapatória.
Forte abraço,
camarada Assis.
assis,
venho aqui e me deleito não apenas com a sua poesia, mas também com o seu tremendo bom gosto.
ah, sem falar nessa nova foto do seu avatar (no caso baiano, dá até pra substituir por um vatapá, né?)
em excelente forma...rs
quase um galã de radionovelas, este meu amigo mais que querido.
é belo, isto de conceber noites entre os seus sóis.
abração do
roberto.
E tudo é poesia e miragem. Noites com sol ou farol, é lume de náufragos...Mas talvez os sóis nesse sonho, são olhos a arder sob o lençol.
cheiros de brilhar
..."tu que de claridades intensas me fitas"
tu que resolveste adiantar-se aos faróis"... Nossa!! Muito lindo!!!
Há coisas inexplicáveis mesmo.
Um beijo, Assis.
Gostei da foto, com todo respeito.:)
Econômica nas palavras, mas de sentimentos que escorrem em abundância: maravilha, Assis!
Beijos
Que ritmo! Este é para ser lido em voz alta. Eu li e reli.
Esse outro retratado entre tantas luzes em meio a avalanche é simplesmente maravilhoso...muito bonito, Assis!
Beijos
caro assis,
vê só a sintonia à distância: aqui há ventos e tempestades, noites e madrugadas, faróis que choram por não saberem ser rota e destino, e mar, muito mar, daqui e de além terra, de aqui e de além peito. lá também :)
um abraço, poeta amigo!
Assis,
Sua poesias , sempre fortes e belas ...
BjO!
Assis,
Sua poesias , sempre fortes e belas ...
BjO!
Essa rota incandescente na sua avalanche me revirou.
Beijo.
Profundo improviso, assim como sua escrita ...
Saudações.
Vim ler-te por apreciar
(e muito)
os comentários que deixa
pela rede...
Acompanharei outros poemas.
Um abraço,
Doce de Lira
Ritmo de fazer frente a marés e tempestades.
esse percurso é digno de exclamação!!!
Assis, desde o título, que contém duias das coisas que mais amo: marés e tempestades, este poema é lindo!
fico ainda com o primeiro verso:
"Não concebo mais noite entre teus sóis"
lindo, lindo
beijo
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