A moça tinha sobrancelhas alvas e uns lábios recortados de azul.
Às vezes o sol vinha e brincava em seu corpo.
Ela, então, se misturava a água e parecia renascida de luz.
Seu olhar não se fixava em nenhum ponto, bailava.
Soprava uma brisa tão antiga que eu nunca mais quis me enternecer.
26 comentários:
se fosse eu um sujeito de tintas e peinceis comporia um desenho com essas tuas palavras , a imagem me veio aqui, está aqui
Brisa antiga...Uma visão, ternura com que se toca e é tocado. Luz de azuis, luz de horizonte onde céu e mar se encontram e lá também Tonio e Inge.
As vezes o tempo sopra esses ventos e traz de volta esses esboços coloridos - imagens de luz - como se fossem um prisma de mil cores, cintilante e brilhante. Como aquela estrela que dá vontade de pegar, parar o tempo e reter.
Não dá p'ra não sentir esse momento ou viajar nessa nau.
É pura ternura esse quase poema.
beijo
Moças assim merecem teu poema, Assis. Acredito que a cumprimentaria se ela, sem que eu a conheça, passar por aqui neste momento.
Abraços!
Brisa antiga mexe tanto comigo, meu querido Assis!
Ela costuma levar minha alma consigo...
Fico um casulo oco.
Grande abraço
Tocante, meu caro! ;)
Cheiro
As vezes o tempo nos traz lembranças assim, que marcaram em tom de anil. Brisas que mesmo que antigas, enternecem em detalhes.
Levo-te poeta Assis!
e renascer sempre pelas palavras que nos levam e trazem como as marés... Beijo.
Que bonito isso, poeta! =)
Beijo.
Quase poema é muita modéstia, né? HAHA' Uai, um poema, realmente, digo de tela.
Obrigado, Assis... Tens me inspirado muito, ultimamente.
Lindo e tão doce ...
Bjo.
E em uma lousa magica o soneto de fez pintura...
Bjos achocolatados
assis,
sempre associei a poesia à música, de modo primacial; neste teu poema, o sensacionismo (nas cores e pequenos movimentos subtis) refunde este meu entendimento, inscrevendo a poesia na pintura. com pincéis nos dedos :)
um abraço!
Ediney escreveu exatamente o que eu pensei quando acabei a leitura, ou seja, deu uma vontade de pintar essa tela.
Essa moça é uma lindeza!
A brisa soprava romantismo. Lirismo puro.Amei o título. Muito lindo, seu poema.Ele parece cantar.Enquanto o lia, ouvi harpas,violinos,cítaras,flautas e os mais singelos instrumentos.
Parabéns, poeta Assis.
Um beijo.
Junto-me ao Edney e a Gerana: vontade de fazer na tela o que vc pintou com letras: coisa mais bela, Assis! Ler vc inspira, sim...Vontade de fazer arte...
beijos,
Assis!
Que imagem neste "quase-poema" assim intitulado.
E no entanto é tão completo o poema que quase enxergamos a moça. Porque a brisa se faz presente.
Belíssimo!
Beijos, poeta!
Mirze
Uma pintura renascentista, este seu poema!
Estou a ver a "moça".
Lindo!
Um beijo
Assis
Pois aqui, eu me enterneço até quase derreter...
Em tempo, o 371 "Poema já um tanto envelhecido" é uma das coisas mais lindas que eu já li. De tudo!
bj
Rossana
Incrível como do lado de cá sempre acaba em suspiro! "Lábios recortados de azul...". Precisava repetir isso.
Lindo! Bjão ;)
O poema é muito bonito. Mas o título me deixou intrigado. Seria sobre um dos Mann que não li, o Tonio Kroeger?
Abraço!
Visual e belíssimo, Assis - cheio de cores.
Mas tenho a mesma dúvida de Marcantonio.
Beijo, um ótimo fim de semana.
"...o sol vinha e brincava em seu corpo./ parecia renascida da luz."
Estou me sentido assim!
Estive longe por questões de saude. De volta e com muita vontade....
Bjs
Que esse sol toque sempre com paz e essa brisa seja leve de amor..abraços de bom final de semana.
assis,
e numa releitura, toco os quatro elementos sobre a tela.
um abraço!
Curioso, essa gente não me é estranha...
beijo!
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