terça-feira, 12 de outubro de 2010

365 - Balada para a Nona e outras sinfonias (scherzo)

Caminho entre pares que não vejo
Há demais auto-suficiência nas palavras
Ferem cristais, desabotoam corações

Mesmo diante do espelho estamos rotos
Nada aviva a face de tantos transtornos
Repetimos preces, odes e nostalgias

Este mar que invade a avenida é silêncio
Vindo de ancestrais paragens, evoé grito
Vamos afugentar os corcéis desta solidão

20 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Combinado, querido Assis: Vamos afugentar os corcéis desta solidão!
Abraço forte!

Everson Russo disse...

Que esse mar leve em ondas insanas esse silencio e solidão pra bem longe no oceano...abraços de bom feriado.

Ingrid disse...

..pares rotos em transtornos que me invadem afugentando os corcéis da minha solidão..
o que me senti ao te ler..
belíssimo Assis.
Beijo e bom feriado.

Ingrid disse...

..pares rotos em transtornos que me invadem afugentando os corcéis da minha solidão..
o que me senti ao te ler..
belíssimo Assis.
Beijo e bom feriado.

Domingos Barroso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Domingos Barroso disse...

Como vês meu camarada Assis
estamos em pura harmonia
de pena (pensamento, atos e palavras). De fato, cansados, muito cansados, dos "corcéis da solidão."

Afugentá-los agora é uma questão de vida e loucura. Depois os traremos de volta para debaixo das asas quando houver tédio nas multidões (e sempre há).

Forte abraço,
esplêndido poema.

Anônimo disse...

Eu ando mesmo assim querido Assis, ando por ruas que eu não sei o nome. Nostalgia pra mim tem vindo assim: em dias de chuva.. e em dias de sol, rs. Deixo um beijo meu e levo-te.

Tania regina Contreiras disse...

Bom feriado, querido Assis...Vamos lá, sim, afugentar os corcéis desta solidão...
Beijos,

Anônimo disse...

Perfeito, meu caro poeta!

Tudo o que escreves são odes para mim.

Beijo.

Luiza Maciel Nogueira disse...

essa balada é a das mais sinceras que já vi, tem um mar de silêncio que invade a cidade e eu susppiro diante dessa beleza

beijos!

Gerana Damulakis disse...

"os corcéis desta solidão": rica imagem, gravarei na memória.

Gerana Damulakis disse...

"os corcéis desta solidão": rica imagem, gravarei na memória.

Lê Fernands disse...

desabotoam e aprisionam corações.


bjs meus

Lau Milesi disse...

Lindo, Assis. Uma sinfonia.
Eu amo os seus poéticos , enigmáticos, sugestivos e lindos títulos ( e os poemas tb). Viaaaaajo neles.:) Além da conta...
..."palavras que desabotoam corações "...isso é muito lindo. Um "evoé",grito eu para o seu talento. :)

Beijo

Sueli Maia (Mai) disse...

Ah! Como eu evoco a memória dos corcéis... Soltos, selvagens, destrambelhados...

Mas este foi o 365 - UM ANINHO do 'mil e um'...

Maravilha!
cheiros aloprados

Unknown disse...

Belíssima "balada" onde o nada e o silêncio, gritam para afugentar a solidão!

Bravo!

Beijos

Mirze

dade amorim disse...

Lindo!

Bípede Falante disse...

Assis, que lindo lindo lindo poema.
bj

Cris de Souza disse...

Evoé!

Jorge Pimenta disse...

sobre palavras que ferem, sobre vendavais nas velas de moinhos: hoje prometia escrever a sua (dela) história, mas apenas depois de assassinar todas as palavras... talvez assim os corcéis abram asas e descolem da solidão.
um abraço!