segunda-feira, 18 de outubro de 2010

371 - Poema já um tanto envelhecido

não me peça retorno
pois ando desatado em sapiência
corro e me comovo entre as tilápias
que bailam em torno dos anzóis

breve um arco-íris vem me buscar
e eu não quero despedidas
basta este sereno na pele encardida
basta esta régua no horizonte
este raio ensandecido de solidão

25 comentários:

Bípede Falante disse...

Ando, nem sei por que, um tanto surda a pedidos.
beijo.

Vanessa Souza disse...

Nunca se deve pedir retorno, aliás.

Zélia Guardiano disse...

Ah, Assis...
Também eu me comovo, mas nem sequer sei mais correr: em passos lentos, perambulo em torno da vida.
Que lindo poema nos deste!
Abraço

Lau Milesi disse...

Lindo, lindo e lindo. :) Pra que retorno? Quando se está em boa companhia tem mais é que se deixar levar...pelo horizonte.

Quisera eu que um arco-íris me pegase hoje e me levasse pra casa ao final do dia. Estou morrendo de sono com esse horário de verão aqui no Rio, poeta.
Parabéns. Sempre.

Um beijo pra você.

Lau Milesi disse...

leia: "pegasse", desculpe.

Ingrid disse...

envelhecido em tranquilidade,que se sente embora em solidão.
Beijo Assis e agradeço sempre por tuas palavras em meu blog, meu eterno aprendizado.

Eleonora Marino Duarte disse...

assis,


[sábia decisão!]

não há mistério para você na construção de um verso! você pinta todos os quadros com suas palavras.


muito bonito.


um beijo.

Unknown disse...

Sem palavras diante da beleza.

Assim fiquei!

Parabéns!

Beijos

Mirze

M.C.L.M disse...

"breve um arco-íris vem me buscar
e eu não quero despedidas
basta este sereno na pele encardida
basta esta régua no horizonte
este raio ensandecido de solidão..."

Isso, já vale todo o poema...

amplexos...

Lua Nova disse...

Não há como não me extasiar lendo versos como esses. Conheço bem raios ensandecidos de solidão, mas
jamais consegui dizê-los dessa forma...

Assis, passe pelo Chocolate pois tem lá um carinho pra vc. É uma homenagem e espero que goste.
Beijokas.

Jorge Pimenta disse...

a serenidade na despedida é o sinal da maioridade poética. na sua inevitabilidade, crescer a prumo como as árvores...
um abraço!

Anônimo disse...

O poeta sempre parece querer tão pouco, do etéreo infinito a sua volta.

Lindo poema!

Beijo.

Anônimo disse...

Linda poesia , Assis.



Verdade , Bethânia recitou muitos textos do Fauzi.


Bjo e uma Noite Serena ...

Tania regina Contreiras disse...

não me peça retorno
pois ando desatado em sapiência
corro e me comovo entre as tilápias
que bailam em torno dos anzóis

breve um arco-íris vem me buscar
e eu não quero despedidas
basta este sereno na pele encardida
basta esta régua no horizonte
este raio ensandecido de solidão

Eu só te repito, Assis. E te admiro, e me pergunto que fôlego poético é esse que parece crescer sob todos os âmbitos. Tua poesia toca, sobretudo, minha alma feminina.
Beijos

Gerana Damulakis disse...

Maravilhosos versos. Tá q tá, mais uma vez.

Gustavo disse...

Quanta poesia em seus versos, Assis. Uma leitura extremamente agradável, repleta da simplicidade tão gostosa de se viver.

Aplausos, poeta!

Vanessa Vieira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
dade amorim disse...

Ao ponto, Assis.
Beijo.

Vanessa Vieira disse...

Olha eu aqui de novo, maravilhando-me com suas belas palavras! Fiquei feliz em receber sua visita em meu espaço e mais feliz ainda em poder ler aqui coisas tão intensamente fantásticas e intrigantes. Abraços

Daniela Delias disse...

Doce melancolia...Bjo!

Everson Russo disse...

Ao chegar que esse arco iris traga todas as cores a que tenho direito na despedida...abraços de bom dia pra ti amigo.

Sueli Maia (Mai) disse...

Uma pintura envelhecida mas alegre.
E andar desatado em sapiência é uma dessas pérolas que inventas.

adoro!

Cris de Souza disse...

Quer me fazer chorar a essa hora da manhã?

Ai, ai...

Maravilhoso esse quadro!

líria porto disse...

queria ter escrito estes lindos versos!
besos

Marcantonio disse...

Pelo contrário: esse poema, tão belo, parece destinado a jamais envelhecer!

Um abraço de grande admiração!