não me peça retorno
pois ando desatado em sapiência
corro e me comovo entre as tilápias
que bailam em torno dos anzóis
breve um arco-íris vem me buscar
e eu não quero despedidas
basta este sereno na pele encardida
basta esta régua no horizonte
este raio ensandecido de solidão
25 comentários:
Ando, nem sei por que, um tanto surda a pedidos.
beijo.
Nunca se deve pedir retorno, aliás.
Ah, Assis...
Também eu me comovo, mas nem sequer sei mais correr: em passos lentos, perambulo em torno da vida.
Que lindo poema nos deste!
Abraço
Lindo, lindo e lindo. :) Pra que retorno? Quando se está em boa companhia tem mais é que se deixar levar...pelo horizonte.
Quisera eu que um arco-íris me pegase hoje e me levasse pra casa ao final do dia. Estou morrendo de sono com esse horário de verão aqui no Rio, poeta.
Parabéns. Sempre.
Um beijo pra você.
leia: "pegasse", desculpe.
envelhecido em tranquilidade,que se sente embora em solidão.
Beijo Assis e agradeço sempre por tuas palavras em meu blog, meu eterno aprendizado.
assis,
[sábia decisão!]
não há mistério para você na construção de um verso! você pinta todos os quadros com suas palavras.
muito bonito.
um beijo.
Sem palavras diante da beleza.
Assim fiquei!
Parabéns!
Beijos
Mirze
"breve um arco-íris vem me buscar
e eu não quero despedidas
basta este sereno na pele encardida
basta esta régua no horizonte
este raio ensandecido de solidão..."
Isso, já vale todo o poema...
amplexos...
Não há como não me extasiar lendo versos como esses. Conheço bem raios ensandecidos de solidão, mas
jamais consegui dizê-los dessa forma...
Assis, passe pelo Chocolate pois tem lá um carinho pra vc. É uma homenagem e espero que goste.
Beijokas.
a serenidade na despedida é o sinal da maioridade poética. na sua inevitabilidade, crescer a prumo como as árvores...
um abraço!
O poeta sempre parece querer tão pouco, do etéreo infinito a sua volta.
Lindo poema!
Beijo.
Linda poesia , Assis.
Verdade , Bethânia recitou muitos textos do Fauzi.
Bjo e uma Noite Serena ...
não me peça retorno
pois ando desatado em sapiência
corro e me comovo entre as tilápias
que bailam em torno dos anzóis
breve um arco-íris vem me buscar
e eu não quero despedidas
basta este sereno na pele encardida
basta esta régua no horizonte
este raio ensandecido de solidão
Eu só te repito, Assis. E te admiro, e me pergunto que fôlego poético é esse que parece crescer sob todos os âmbitos. Tua poesia toca, sobretudo, minha alma feminina.
Beijos
Maravilhosos versos. Tá q tá, mais uma vez.
Quanta poesia em seus versos, Assis. Uma leitura extremamente agradável, repleta da simplicidade tão gostosa de se viver.
Aplausos, poeta!
Ao ponto, Assis.
Beijo.
Olha eu aqui de novo, maravilhando-me com suas belas palavras! Fiquei feliz em receber sua visita em meu espaço e mais feliz ainda em poder ler aqui coisas tão intensamente fantásticas e intrigantes. Abraços
Doce melancolia...Bjo!
Ao chegar que esse arco iris traga todas as cores a que tenho direito na despedida...abraços de bom dia pra ti amigo.
Uma pintura envelhecida mas alegre.
E andar desatado em sapiência é uma dessas pérolas que inventas.
adoro!
Quer me fazer chorar a essa hora da manhã?
Ai, ai...
Maravilhoso esse quadro!
queria ter escrito estes lindos versos!
besos
Pelo contrário: esse poema, tão belo, parece destinado a jamais envelhecer!
Um abraço de grande admiração!
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