não sei o que dizer quando irrompes
em sentimentos liquidos e anseios
julgando a caligrafia dos meus lábios
por tantas linhas evasivas e solitárias
são tantas interrogações que me deixas
invocando-me um súbito luzir de estrelas
que me recolho aos olhares e soslaios
e deixo a chuva florir os teus desígnios
22 comentários:
Camarada Assis,
as palavras se abraçam
cada uma como se os lábios
delas (das palavras)
estivessem próximos
e entreabertos:
é uma música,
é uma música.
Forte abraço.
"não sei o que dizer quando irrompes
em sentimentos liquidos e anseios
julgando a caligrafia dos meus lábios
por tantas linhas evasivas e solitárias"
Que linguagem magnífica! Sutil, leve.
Parabéns.
Abraço.
Belas palavras, Assis, grande escrita.
Abraço
Ah, Assis, esta sua incrível caligrafia, sempre a rebordar poemas...
Lindo demais!
Forte abraço
as metáforas que teus poemas permitem são das mais, meu caro.
parabéns.
abraços.
saudade da tua poesia, assis - música, a mais dionisíaca das artes, já parecia te ler nietzsche.
um beijo.
As muitas interrogaçoes do amor e dos caminhos que nele existem,,,abraços de bom sabado.
Um veio d'água é uma festa no sertão, e qualquer aceno de chuva miúda na estiagem, já faz brotar canteiro esparsos de flor-menina no rasgado do chão. Grão de flor é semente e esperança. Quem sabe chove mais amanhã, e o arroio se ri; e o lagarto se banha...
(se poesia deságua, a culpa é sua)
cheiro
P.S.
Não sei se tocas algum instrumento, mas a música mora aí dentro.
Gente, que isso. Quem não sabe o que dizer é a sua leitora aqui diante de sua criatividade e seu talento. "Um arroio de água pura, bento, lindíssimo, carregadinho de sensibilidade". Deixo uma chuva de elogios, poeta Assis.E flores...
Parabéns, poeta.
E.T. Mais um "surrupiado". :)
Beijo
me deixando aqui, a degustar cada verso..
beijo.
Nada como os vieses para se recorrer nessas horas.
Lindo poema!
Admiro muito a sutileza impregnada em todos os poemas que li aqui. Este, então, é para ler e reler ( pra ver se talento passa por osmose virtual rs)
Sempre a nos cativar com pequenas simplicidades.
Belo, belo e belo, Assis!
Beijos,
Assis!
Somos matéria líquida! Deixe a chuva florir os desígnios.
Poeta, tem dias que ultrapassas as fronteiras da alma!
Beijos
Mirze
Poema impecável! A segunda estrofe está tão arrebatadora que li 3 vezes.
entre "não saberes" e "tantas interrogações", deixe-se a chuva pautar os contornos dos lábios que selam as mais finas linhas do corpo - aquelas que sabem luzir para além das estrelas.
abraço, poeta!
não há o que dizer quando a poesia nos é solitariamente contundente.
abraços!
Lindo, Assis!
Gosto de algo da Lispector que diz: "Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras."
Beijos
Em vez de incompreender, deixar a chuva florir desígnios é de grande generosidade.
Beijo, Assim.
Benditas (bem ditas)sejam as interrogações quando se transformam nesses versos!
guaaa!! me encanta el blog, siempre encuentro poemas preciosos
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