Havia a conversa de ocasião
Havia dois tragos insanos
Havia o arrebol de fumaça
Havia a babel de tonto lábio
Havia Rapunzel e a sua trança
Havia sons do bolero de Ravel
Havia ainda esta dor insistente
Havia a flor, a morada, o dente
Havia tanto e mais havia ausente
28 comentários:
Havia...
E nessa ausência - a procura.
beijos
A insanidade não desdeseja: quer fábulas, requer a obturação das ausências. Você se apropriou muito bem dos signos, manejando com excelência seu corpo de palavras. E o poema bateu e ficou e eu fiquei mudo, o meio-instante entre o raio e o trovão.
Abraços!
Por vezes podem nos raptar a emoção..
mas ela retorna sempre.
beijo.
Há um olhar desacostumado
que projeta-se em poesia.
Gosto dos ares daqui.
Cheiro
havia e há
besos
A poesia por aqui nunca me deixa indiferente, o talento escorre pelos versos...
Abraço
Havia um poeta que escreveria mil poemas, mas ao findar, foi aprisionado por muitos olhos, que nunca deixarão de o ler.
Bjos achocolatados
"assim como era no princípio" é só na bíblia...
rsrs
bjs meus
A ausência ocupa um enorme um gigante um danado de um espaço. Oh, vida!!
beijos
Não sei se gosto mais do poema ou do título... aliás, teus títulos são sensacionais.
"...havia tanto e mais havia ausente..."
Acho que é por isso que sempre há no ser humano a sensação de incompletude... não conseguimos abranger tudo que há para sentirmos...
Beijokas, meu poeta querido.
O olhar é um raio. Daí a diferença de olhar e ver...
este seu poema deixa qualquer um de rastos
há sempre a ausencia e o silencio
Ainda bem que sua poesia há sempre! =)
Música!!!
"Havia a flor, a morada, o dente
Havia tanto e mais havia ausente"
Da ausência indefinida que magoa.
Beijo
Assis!
Um rapto justo para tantos "haveres""
Bárbaro!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
Assis, quando eu era menina, odiava o pretérito imperfeito.
"Havia a flor, a morada, o dente
Havia tanto e mais havia ausente". Dá uma impressão de um presente imperfeito, não é?
Seu poema é mais-do-que--perfeito,
poeta.
É lindo.Aplausos! Muitos!
Ah...adorei seu comentário no meu post. Obrigada. Me amarrei no grupo de "Samba de Roda Pisadinha do Pé Firme". Mas adoro Ravel tb(me deixa em alfa).
Eu tentei passar ele (Ravel )para o cavaquinho, mas foi um desastre.
Vou ler os outros poemas que perdi, eu estava viajando.
Beijo
Assis,
Está entre as que mais gostei ...
"Havia tanto e mais havia ausente"
Lindo.
Bjo.
Merece um abraço, poeta, maravilhoso.
Muito bom mesmo....e é a maior dificuldade, lidar com a ausência!
[]s
E quanto mais havia, mas ausente estava. Era isso que doía.
Abração
havia ausente eu achei muito muito bom!
é o existir que mais dói, não?
abração!
O ausente é que mata,,,que derruba...abraços amigo e um belo final de semana.
lembrei de álibi, do djavan.
espia: http://letras.terra.com.br/djavan/45503/
.
a ausência é uma presença das mais fortes...
belo, belo, belo, Assis!
beijo
de tanto que havia, tão pouco agora há. sobra a demanda que nos torna ulisses de viagens infinitas.
um abraço!
De grande lindeza, esse poema que dá vontade de ler e reler e guardar.
Beijo.
Havia,havia,havia...ainda bem que há as suas poesias!
...avio a leitura de teus temperados poemas, doce é minha entrega, travo de cinto é a presença de sinal na tua leitura daquele silencio, e - na babel de tonto lábio - tranço tuas linhas, presente, afetuosamente.
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