quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

422 - um quase epitáfio para areia e cavaquinho

desde sempre em minha casa
convivem a pena, papéis e livros
desde quando despertaram os olhos
para a magia dos caracteres impressos
e todo o resto do corpo sucumbia em fervor
assim vai-se cumprindo a incessante jornada
não que eu seja o timoneiro dessa nau insólita
perscruto vozes, anseio sombras, clamo destinos
tudo persigo antes que a desdita me chame o nome
e da órbita dos astros abram-se as vogas do silencio

23 comentários:

Ira Buscacio disse...

A morada do poeta, o silêncio.

Bjão

AC disse...

A dignidade está aí, no tentar sempre, mesmo que o muro pareça intransponível...

Abraço

Everson Russo disse...

Um templo de amor, poesia e muita paz aos sentimentos...abraços de bom dia pra ti amigo.

Lau Milesi disse...

Lindo, poeta Assis, muito lindo. Dá pra sentir que a poesia mora na sua alma. Um beijo e parabéns!

nydia bonetti disse...

Caminho de aventura, o do poeta - que necessita do silêncio e ao mesmo tempo o teme e abomina - pois que sobrevive da verbo, da voz. muito bonito, Assis! beijos!

Anônimo disse...

Belo! Bravo! Vim despreocupado pela lateral direita do blog da Nydia e me deparo com essa beleza! Parabéns, poeta!

Jorge Pimenta disse...

pena papéis e livros
perscrutar ansiar clamar
tudo seguir hoje; nada por tocar ontem; nada recear amanhã.
a morada do poeta faz-se aqui.
abraço!

dani carrara disse...

bonito.

erscuto vozes, seio sombras, camo destinos.

(eu erro muito de digitar.)

mas não, hoje, amanheci com estas duas: palavrassais e preira. não sei se existem. onde chegou minha procura não encontrei.

Primeira Pessoa disse...

desde sempre em minha casa, convivam pacificamente poeta e poesia.

(faz-se aqui um silencio de hiato)

beijao.
r.

Joana Masen disse...

Pena e papéis... poesia.
Bjos!

Eder disse...

O silêncio e a escrita... ensurdecem...

Maravilha, Assis!

Ingrid disse...

E seguimos Assis, no caminho que nos foi dado até que o fim nos chame..
Sublimes e belas palavras..
beijo.

Wanderley Elian Lima disse...

E cumpra-se o seu destino.
Abração

Batom e poesias disse...

É assim que se faz um poeta: em casas onde convivem penas, papéis e livros.

Eu fiquei consoante...

bjs
Rssn

Anônimo disse...

Vc continua sua perseguição
e nós, a segui-lo
=)

Beijo, poeta-mor!

Sueli Maia (Mai) disse...

Por tantas vozes, carece silêncio.

cheiro

dade amorim disse...

O silêncio que se busca e nem sempre se deseja.

Bj

Unknown disse...

ASSIS!

Época de Epifania! Saiu essa prece que é o exato momento que todo poeta anseia!


Bravíssimo!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Lídia Borges disse...

Como quem sobe a montanha, certo da sua caminhada.

Seus títulos são avassaladores!


Um beijo

Tania regina Contreiras disse...

...aqui aompanhando essa jornada e amando cada verso. Bravo sempre, Assis. Que as vozes, todas elas, convertam-se em versos como esses.
Saudades de estar por aqui.
Beijos,

Marcantonio disse...

Não tem, portanto, as características de um ofício, nem de um estigma, mas de uma devotada paixão, ou de uma irrecusável odisséia para uma Ítaca que sempre se move no mapa.

Abração!

Everson Russo disse...

Uma belissima quinta feira pra ti amigo...abraço.s

Anônimo disse...

saibamos ouvir o silêncio dos poetas, o teu silêncio!
Beijos
Laura