domingo, 5 de dezembro de 2010

419 - poema sob o mais improvável entardecer

coisa difícil é esquecer o amor
mesmo esquecido o olho amado
mesmo a frieza nos calcanhares
coisa difícil é esquecer o amor

às vezes o vento insolente atiça
fagulhas na sobra da antiga pele
o mar se contrai em calma vaga
e uma corruíra canta desavisada

21 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

NÉ que é?! Taí...É improvável ou impossível...Mas eu minto.

Talvez o Amor - esta força ígnea - seja em sí - fonte e eternidade.
Mas os corpos?
Ah! Eles se entendem, gozam, se aninham...depois se engilham, enrrugam e ao final viram flores por aí.

Cheiros de uma tardinha...

Everson Russo disse...

O amor é isso,,,fica pra sempre, inesquecivel...grudado feito tatuagem...abraços de boa semana.

Unknown disse...

Aposto que a corruíra sabia, e por isso cantou.

Para quem ama, mais o outro que a si, deve ser difícil.

Belo, ASSIS!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

nina rizzi disse...

eu passo, ele fica.
belobelo, camarada.
um beijo.

AC disse...

Um mergulho intenso num aparente olhar distanciado...

Abraço

Lau Milesi disse...

Belíssimo, Assis.
Não existe nada antes do amor.
Nem depois.
Lindo também é ouvir a "cambachirra" ou "corruíra", fica mais poético.
Tá vendo, fui pesquisar..:)

Um beijo e brigadão pelo carinho com a Leticia.

Neeense....

ítalo puccini disse...

às vezes o vento insolente atiça
fagulhas na sobra da antiga pele
o mar se contrai em calma vaga
e uma corruíra canta desavisada

e tudo volta à memória, não é mesmo?

excelente este teu poema. mesmo!

p.s.: tem concurso de narrativas curtas rolando lá no um-sentir. aguardo tua participação :)

grande abraço!

Lua Nova disse...

Jamais esqueço um amor... apenas o guardo no fundo do peito, bem longe de um canto de curruíra e de um vento que o traga de novo à sensibilidade da pele.
Assis, vc me fez pensar nos meus amores guardados...
Beijokas, meu querido poeta, e uma semana muito inspirada pra vc.

Luiza Maciel Nogueira disse...

difícil, se for mesmo amor - impossível

beijos!

Ingrid disse...

Um amor nunca se esquece. fica guardadinho em algum cantinho... boas lembranças nunca se apagam.
Beijo poeta querido.

dade amorim disse...

Pois é, Assis - esses momentos são a prova de que o amor, mesmo esquecido seu objeto físico, continua tatuado na memória.

Beijo

Úrsula Avner disse...

De fato poeta, é difícil esquecer o amor e isso dói... Lindos e nostálgicos versos. Um abraço.

Daniela Delias disse...

Ô, se é!
Bjos, poeta!!!

Anônimo disse...

Ecos abissais...

Vanessa Souza disse...

O pássaro remeteu-me a Hithcock.

Everson Russo disse...

Uma bela semana pra ti amigo...abraços.

Lou Vilela disse...

Sinuoso, nerudiano...

A cada olhar, uma descoberta - a corruíra e seus ninhos. ;)

Cheiro

Jorge Pimenta disse...

"coisa difícil é esquecer o amor" (assis)

"por vezes tudo sangra.
quase nada se esquece"
(jorge)

Unknown disse...

Assis,

Difícil esquecer o prazer que o amor nos traz, prazer de presença, de partilha, de corpo e vida!Tudo atrelado a uma imagem, uma história de vida que o outro leva para longe de nos quando vai embora.
Lindo teu poema.

"Saudades é a parte que fica e já não È (NÓS)"

Beijos,

Unknown disse...

Assis,

Difícil esquecer o prazer que o amor nos traz, prazer de presença, de partilha, de corpo e vida!Tudo atrelado a uma imagem, uma história de vida que o outro leva para longe de nos quando vai embora.
Lindo teu poema.

"Saudades é a parte que fica e já não È (NÓS)"

Beijos,

Unknown disse...

Assis,

Difícil esquecer o prazer que o amor nos traz, prazer de presença, de partilha, de corpo e vida!Tudo atrelado a uma imagem, uma história de vida que o outro leva para longe de nos quando vai embora.
Lindo teu poema.

"Saudades é a parte que fica e já não È (NÓS)"

Beijos,