quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

441 - tocata l’après-midi

adormeço entre vulcões serenados
sou peça antiga de um cálido museu
onde cinzas se fecharam em solidez
não há mais portais a serem vencidos
flui lentamente o ontem que não se fez

14 comentários:

Sandra Gonçalves disse...

Mas que se faça o hoje...Bjos achocolatados e um feliz natal .

Gustavo disse...

E do ontem as cinzas vulcânicas espalharam versos assim. Gosto muito da sua escrita.

Abraços!

Everson Russo disse...

O ontem se fez em cinzas pra renascer o amanhã...abraços de bom dia ...

Lau Milesi disse...

Poeta Assis, só o belo título já se pode visualizar uma minissérie. Muito lindo !!!
Mas achei triste...e lembrei que li uma citação de Octavio Paz que diz :"Cada leitor procura algo no poema. E não é insólito que o encontre:já o trazia dentro de si".
Desejo a você e à sua família uma noite de Natal de paz, alegria, harmonia...e poesia.:)

Um beijo pra você, Assis.

Luiza Maciel Nogueira disse...

"o ontem que não se fez"!


bárbaro Assis!

beijos

Anônimo disse...

Assis,


E que tudo se faça ...


Feliz Natal !


Bjo.

Anônimo disse...

daqui sinto a nostalgia que nos deixa ficar o poema, aquilo que deveria ter sido e nunca foi.
Beijos
Laura

Tania regina Contreiras disse...

Bom de ser poeta, Assis, é essa possibilidade de ser tantos. Hoje, nehum portal a ser vencido; amanhã, muitos novos portais (e poemas) certamente.

Beijos, querido. Ando adormecendo entre vulcões em plena erupção!

Unknown disse...

"Flui l e n t a m e n t e o ontem que não se fez!

Caramba! Lindo D+++++

Beijos poeta MIL!

Mirze

Jorge Pimenta disse...

"flui lentamente o ontem que não se fez"... o tempo, mesmo contrafeito, flui: vagaroso, pasmaceiro, bocejante. o que sobra do que não se fez? apenas o peito estilhaçado sobre a vidraça.
é sempre esta a música... mas, mesmo cansado, quem dispensa os seus acordes?
um abraço!

Oria Allyahan disse...

Sabe, Assis, eu até que gosto das cinzas... elas voam alto; podem chegar onde eu não posso.

Abraços.

^^

P.S.: precisei mudar meu blog! Passa lá quando puder!?

Lívia Azzi disse...

Às vezes nos perdemos entre a nostalgia de um passado que existiu e não foi, e a esperança de um futuro inexistente que será.

Um beijo!

Anônimo disse...

Nostalgia eficaz de poeta. Ah, como preciso dos poemas assim.

Beijo, querido.

Primeira Pessoa disse...

zé de assis,
o ontem nunca se faz. ele foi feito.
o passado, disse belchior, é um roupa que não nos serve mais. e eu sofro demais com minhas calças pega-frangos... amarrada com embira... esse sorriso blasè...

e isso dói.

beijo, poeta!