quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

433 - Balada para uns inventos de amor


No horizonte de tantos destinos
Colheram-me mãos em desalinho
Eu tão torto de sujos caminhos
Tu pérola invadindo o meu mar
Cantaram-me peixes em algazarra
Eu de rede inteiro neste anzol
Não sei se ainda sinto a fisgada
Mas delira a língua amordaçada

21 comentários:

Everson Russo disse...

Fisgadas do amor, de uma balada pelo coração apaixonado...abraços de bom dia pra ti amigo.

Ingrid disse...

Assis,
teus inventos .."em desalinho"..
de certeza encantam quem o tem e le..
beijo.

Wanderley Elian Lima disse...

Depois de pescado, não tem volta.
Abração

Tania regina Contreiras disse...

Uma língua amordaçada em delírio, algazarras de peixes e mais um poema desses que só tu, Assis: maravilhoso!
beijão

Sueli Maia (Mai) disse...

Caiu na isca - é poema.

E o peixe se acabou de rir.

Você inventa cada uma...
Peixe bom!

cheiros e sorrisos.

Luís Monteiro disse...

E da tudo certo. Muito criativo seus poemas.
Legal seu blog. Se puder passa la no meu, será muito bem vindo. Abraços.
"(*_*)"
nostudinhos.blogspot.com

Lua Nova disse...

Poeta... esse coração anda muito palpitante, mais rubro e quente do que o normal... eu to adorando... rs
Beijokas.

Anônimo disse...

Tens um dom espetacular!!!.. Parabéns!!!

Um beijo em seu coração..
*verinha*

M.C.L.M disse...

"Eu de rede inteiro neste anzol
Não sei se ainda sinto a fisgada
Mas delira a língua amordaçada..."

Tu, fez-me lembrar de Drummond, ou seria Castro Alves?...
Não importa, teu poema canta...

bjo.

Sandra Gonçalves disse...

Fisgou o coração da amada...Com o anzol da alma.
Bjos achocolatados

Unknown disse...

MUITO BOM!

Uma balada regada al mare!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Lau Milesi disse...

A pesca é tudo isto e, não somente o ato de fisgar o peixe, o que rende à nobre arte uma fonte de constante e sempre crescente prazer. (Pleasures of Angling).
Achei linda essa cena : "...Cantaram-me peixes em algazarra". Guris em algazarra já são tão lindos, imaginem os peixes.

Você sempre arrasa, Assis.
Beijo e bravooooo!!!

Jorge Pimenta disse...

este teu texto recorda-me "o velho e o mar", de hemingway. como ali, também na vida nem sempre sabemos quem pesca e quem é pescado...
um abraço!

Lou Vilela disse...

Recentemente, trabalhei um poema inédito para um zine. Por coincidência, falei de anzol. Quando for liberado, publico.

A afinação continua em destaque. ;)

Cheiro

Anônimo disse...

Fisgou-nos, poeta, sem dó. E que maravilha ser pego assim!

Beijo.

ítalo puccini disse...

quando a língua delira, já era :)

grande abraço!

Daniela Delias disse...

Teu último verso é mesmo uma fisgada...delira aqui a língua amordaçada!!!

Cris de Souza disse...

lembrei do cazuza:
" o nosso amor a gente inventa. "

Bípede Falante disse...

Assis, esse livro está ficando primoroso, cheio de delírios desejados e inigualáveis.
bjs

Felicidade Clandestina disse...

desse jeito, quem não fica com vontade de ser fisgado? :)

dade amorim disse...

Impossível para mim acompanhar esse ritmo alucinante com que tua inspiração produz poemas - um assombro! E todos excelentes.
Minha admiração, Assis.