segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

445 - pequeno diário de rasa profundidade (versos soltos)

eu tinha o clamor para ti
poemas de uma nota só
no seio da voz dissonante

miragem de quando existo
e curva e sina se encontram
num mesmo mergulho raso

torto arrepio que cala a alma
embaraço de tantos passos
neste mistério já tão escasso

27 comentários:

Sandra Gonçalves disse...

Passando pra te desejar um lindo ano novo. Cheio de paz e realizações. Bjos achocolatados

Zélia Guardiano disse...

Assis, meu querido
...curva e sina se encontram...
Realmente: elas se encontram, e penso que em todas as facetas da vida.
E foi por isso, certamente, que tive a felicidade de conhecê-lo, grande amigo, grande poeta!
Forte abraço da
Zélia

Lou Vilela disse...

Bela a vida e seus mistérios, não?

Cheiro

Jorge Pimenta disse...

escassa é já a capacidade para ler o mistério que nos doba as linhas, a cada dia que passa. mergulhos sem fundo - e por isso rasos - em que a bolha de oxigénio que nos segura à existência é a derradeira miragem.
um abraço, poeta-amigo!

Everson Russo disse...

Versos soltos que pairam pelo ar ao encontro de um coração...abraços de boa semana.

AC disse...

O desassossego também carece de cumplicidade...

Abraço

Marcantonio disse...

Mas essa estrofe intermediária é belíssima! E não poderia dizer da contradição entre o raso que o tempo nos faz ocupar e a intuição da profundidade onde parecem estar nossas raízes afetivas?

Abração!

Glorinha L de Lion disse...

Suas poesias vem de encontro à alma. Minha alma cansada bebe teus versos, que as águas nos abençoem a todos em 2011!

ANGELICA LINS disse...

Um poema de nota única? Que belo deve ser...Passos interiores cheios de sinfonia.


Sempre admirando teu ser...
Beijos meus.

dade amorim disse...

Mergulhos rasos costumam ser os que chegam mais fundo.

Assis, te ler é sempre muito bom.

BLOGZOOM disse...

Quando apaixonados, as palavras dançam soltas, cheias de sentimentos.
Contudo, se cada um seguir caminhos distintos e doloridos, um dos olhares ficará entristecido e o outro talvez não se importará.

Beijocas e FELIZ ANO NOVO!

Silenciosamente ouvindo... disse...

A poesia marcou de uma forma muito
intensa o 2010 a nível dos blogues.
Veio provar que se mantém viva e
com muitos poetas à solta.
Que a veia inspiradora possa surgir
de novo em 2011.
Feliz ano para si.
Bj./Irene

Anônimo disse...

Começando agora por aqui. Passei e adorei teus poemas...
Percebo a intensidade em poucas palavras.
Parabéns!
se der, passe pelo meu ;)

Fred Caju disse...

Assis,

Feliz Natal atrasado e feliz 2011 antecipado!

Gostaria de ter mais tempo para me perder/encontrar nas postagens daqui, mas por hora passo 'apenas' para lhe desejar felicidades. Depois volto como leitor faminto.

Abraços,
Caju.

Tania regina Contreiras disse...

Faz pouco, lemos o pequeno diário de rasa profundidade, agora encontro esse mergulho raso...e o curioso é que tudo que escreves é tão e tão profundo, Assis....
Beijos pra ti!

Unknown disse...

Assis!

Esse me deixou sem ar.

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Lívia Azzi disse...

[mergulho raso] Nem por isto deixa de ser abismal!

Um beijo!

Cris de Souza disse...

um arraso, isso sim!

beijo, poetasso.

Anônimo disse...

Mergulho raso, em nossas constantes profundidades e abismos.
Saudades de ti Assis querido. Estava viajando, descansando um pouco de mim, rs. Mas estou de volta.
O arrepio hoje, encheu-me a alma, com tuas palavras.
Beijos.

Anônimo disse...

Adoro esses mistérios escassos dos diários.

Beijo!

Evanir disse...

Ta chegando a hora.
De cantar e preencher o
teu coração e os corações
de todos com muita alegria,
paz e amor.
Com certeza isso trará a
prosperidade até você e àqueles que ama.
Feliz Ano Novo!
Deus abençoe vc.
Por favor volte a seguir meu
blog perdi os seguidores
na mudança de endereço.
È claro sigo você,Evanir.
www.fonte-amor.zip.net

Gustavo disse...

"poema de uma nota só" Adorei, Assis!

Abraço!

Anônimo disse...

Oi , Assis !

Bom estar de volta pra ler seus poemas ... :)


Bjo.

Andrea de Godoy Neto disse...

miragem de quando existo...

Assis, eu estava aqui lendo os poemas desses últimos dias em que estive ausente e fiquei pensando, que sorte essa de ter ao alcance dos olhos e da alma, um novo poema teu a cada dia...
e saber que 2011 será todinho repelto desses teus versos

que teu ano seja pleno, e de muita luz para conpartilhar conosco

um beijo

Silenciosamente ouvindo... disse...

Obrigada pelo seu registo no meu
blogue.Nos iremos encontrando
nos próximos tempos.
Tudo de bom para si.
Bj./Irene

Luiza Maciel Nogueira disse...

uma nota só lembra-me Jobim :) belo! beijos

Lau Milesi disse...

My God, poeta. "Torto arrepio que cala a alma" é muuuuuuuuuuito lindo. Só essa expressão é um mergulho numa profundidade que só pode ser alcançada com cilindros de muuuitos quilos e um "snorkel" perfeito.:)

Assis, morro de vergonha ao comentar seus poemas. Seus amigos usam palavras tão lindas e eu mergulho desse jeito. Sorry.:)

Beijo