sábado, 3 de setembro de 2011

695 - sonata de ausência para tango de bandeira

a vida é ruína, ausência, destroços
desde o dia em que te vi
não parou de pulsar
essa tormenta que atrofia o peito
me socorrem uma tosse, um engasgo
um verso que não esqueço
morto aos trinta e três, trinta e três

18 comentários:

Teté M. Jorge disse...

Uma agonia em versos...
Beijo.

ANGELICA LINS disse...

Lendo-te a tristeza parou de pulsar...

Um dia maravilhoso pra você.
Beijo

Jorge Pimenta disse...

entro nesta série de sonatas com aroma a outono pela última: aquela que atrofia o peito, enquanto o 33 não é mais do que um murmúrio arrastado nas líricas engrenagens da vida; do número e da voz apenas sobra a memória...
um abraço, assis!

Wilson Torres Nanini disse...

Assis,

poemas que falam de morte sempre nos livram dela.

E os seus são aves que desenraizam as asas das ruínas, e as desdobram, livres, para desbravarem o mundo alheio dos leitores.

Abraços!

Everson Russo disse...

E temos que sobreviver dentre os escombros...abraços de bom sábado .

Unknown disse...

Morto aos trinta e três.
Morto aos trinta e três.

MORTO!!!!!!!

Beijo,poeta!

Mirze

Zélia Guardiano disse...

Seu primeiro verso resume tudo, Assis, mago das palavras...
Abraço, querido!

Lua Nova disse...

"desde o dia em que te vi
não parou de pulsar
essa tormenta que atrofia o peito..."

Ai!... pulsou no meu peito... que me salve uma tosse... rápido!!

Sempre venho em expectativa ler teus versos... e sempre me surpreendo!

Beijokas, poeta, e um fds lindo pra vc.

Luiza Maciel Nogueira disse...

tuas sonatas elevam os versos

beijos

Anônimo disse...

Tosse é defesa, salva dos congestionamentos.

Beijos Assis

Daniela Delias disse...

Assis!!! Adorei o poema! O final é demais...bjo, bjo!

Anônimo disse...

Adorei, espero que o amor lhe mantenha vivo por no mínimo 82 anos, assim como a tuberculose de Bandeira.

...A dor também nos sustenta!

dade amorim disse...

Nada disso, a moda agora é chegar no mínimo aos 100, quando os poemas já serão mais de dois mil.
Beijo beijo.

Beatriz disse...

que maravilha.

Ingrid disse...

que intenso Assis..
beijos..

dani carrara disse...

ruídos, ruínas de som, engasgam de silêncio um verso que esqueço.


um beijo.

Cris de Souza disse...

o eco do espanto!

beijo, mestre.

Unknown disse...

Poeta,

Entre ruínas um verso me re-constroi, para tudo ruir novamente. Sempre.Vida de poeta.

Bela tua melancólica poesia.

Beijos carinhosos,

Anna Amorim