dou-me fé de palavra, dou-me batismo
todos os dias perambulo desconcertado
para florir na concretude de caracteres
só assim me vazam esses horizontes
só assim espinhos me dão existência
dou-me fé de palavra, dou-me batismo
o barro da ribeira, a moita, o burburinho
me escapam silentes versos em lagarto
assim me chegam inverno e trovoadas
assim me deliram os olhos embaçados
9 comentários:
Menino Assis, eu vejo flores em você...vejo flores no asfalto e na concretude das crateras: tudo, tudo, quando te leio.
Um belo dia pra ti, que me cede os versos com que faço, muitas vezes, a minha oração matinal!
Beijos,
há uma poesia imensa neste antipoema.
só faço aplaudir.
abraço!
Rogo a São Camões que me dê essa fé e esse batismo na palavra e nos seus santificados pecados
Existe uma força e uma intensidade nesse poema...abraços e bom dia pra ti.
Grande!
Embaçam-nos os olhos do batismo às trovoadas. Deliro!
Beijo
Mirze
antipoema, poema, sonata, poesia, é incrível como toda palavra tua chega ao êxtase. Beijos Assis!
nenhuma poesia é mais verdadeira do que aquela que procura rejeitar-se. assim é o homem, também.
um abraço com denodo e afinco!
Com certeza essa palavra fidedigna o transcende, essa pia de batismo respinga e unge nossos particulares sertões.
Como ser tão poético? Se um poeta pode fazer antipoemas, pode um antipoeta fazer poemas?
Grande abraço!
A alma também se fecha e se refaz e desfaz...
beijoss
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