quando a solidão dos meus olhos invadir a cidade
estarão atentos os semáforos, sinais e out-doors
a magricela se oferecerá para repasto rápido
nos jornais estarão os incêndios das insanidades
mortes, acidentes, roubos, falcatruas, corrupção
o sol será só mais um incidente sobre minha pele
como este pretérito que despejo em tragadas
até as borboletas se refugiarão em seus casulos
eletrificadas as nuvens explodirão em espanto
nada ficará imune ao contato das têmporas
quando a solidão dos meus olhos invadir a cidade
haverá uma platéia atenta para o coito das libélulas
os girassóis hão de se rasgar no horizonte sépia
anunciarão o desassossego de rio afogando no mar
os astros desavisados estarão no orbe em frio silencio
16 comentários:
Este é o poema de número 1001 para mim... [risos
Inefável!
Amanheço entorpecida pela tua poesia.
Beijo perfumado de flor Angélica.
deixa, pois, que a solidão dos teus olhos chegue, breve, à tão ansiada cidade. palavras em chama; imagino a temperatura do coração.
grande, grande poema, assis!
abraço!
A vida, Assis, é, realmente, uma lâmina fininha, encostada na jugular: não dá nem pra respirar...
Ai...
Lindíssimos versos!
Abraço da
Zélia
Nossa, que lindo!!!!!
Que esse pretérito logo,logo se faça presente nesse orbe.
Beijo, poeta Assis.
Assis,
Tua jugular, jugullar...
Teu antipoema, pasto de poezia...
MARAVILHA!
Antipo ema apocalíptico.
Beijo
Mirze
A solidão é navalha que rompe a carne,,,abraços de bom final de semana.
Que poema!
Beijinho, poeta Assis!
funda parede frágil ...e tudo por um triz, cirúrgico, teu poema brilha.
Nossa...Sem palavras! Bjos achocolatados
antipoema de imagens impressionantes
uma lâmina na jugular que por descuido ou intencional um esguicho e escorre
e os girassóis hão de se rasgar no horizonte sépia
e as nuvens em raios explodirão em espanto
espantei
beijo
Que a solidão dos teus olhos invada a cidade...talvez assim se consiga um pouco de silêncio no planeta!
te abraço
e penasr que tudo isso
acontece em silêncio
o tempo todo
e que ouvidos absolutos
de vez enquando
nos revelam na surdez
bjo
Tanto pode acontecer enquanto nada percebemos, antes dessa solidão transformadora que há de invadir a cidade.
Beijo.
forte Assis..
imagens perfeitas.
beijo.
Olá amigo poeta,
belos versos numa composição rica em imagens poéticas... Bj.
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