trago somente na algibeira um fardo
o extravio de tantos mapas e bússolas
essa sede de tantos desertos
a foto amarela em que sorrias em alvíssaras
o fado de noite e silêncio por todos caminhos
pois perdoa este amor de passante
que apenas recolhe fragrâncias e olhares
nunca tive ímpeto para a salvação
nunca soube recolher os sargaços do mar
trago somente o travo de um verso,
desfolhado na tabacaria de defronte
15 comentários:
Ah, Assis, a tabacaria de defronte...
A menininha suja, a comer chocolate...
Sua criatividade, meu amigo, grande poeta...
Bjs
Ah, esse amor recolhendo frgâncias e olhares: é teu! O poema...lindo.
Beijos, poeta que amo...
Lindo!
Mas esse amor é mesmo de "passante". Quase 700.
Beijo, poeta!
Mirze
Que esse amor seja suporte pra todos os caminhos...pra todas as jornadas...abraços de bom dia.
Um amor de "passante" conformado e ainda assim inquieto.
L.B.
Toda vez que eu leio um poema seu, fico meio enfeitiçada.
Esse é demais.
bj
Rossana
Uma ressonância de Pessoa, uma noite de fado e silêncio. Um lindo poema, o que não é novidade nenhuma por aqui.
Beijo, Assis.
Uma algibeira carregada de lembranças e saudades.
Abraço
Bélissimo Assis. Bélissimo! Esse meroubou as palavras. Beijos
Venho aqui, te leio... e tua fragrância vai comigo...
Beijinho com essência de flor noturna, poeta Assis!
Ei, Assis,
belas sonatas de ausência onde há a presença de barcos, fado, algibeira, ruídos, sementes, fragrâncias e olhares, o travo de um verso, árido terreno propenso aos florescimentos
tocantes que emocionam
beijo pra ti
por momentos revisitei lisboa, pessoa e toda uma envolvência de inquietação negra que caracteriza a poesia crepuscular e humanizada do pós
-realismo.
abraço!
tuas ausências me tocam de forma intensa querido Assis..
ler e reler..
beijo de carinho..
Mítica tabacaria!!
trazes verso de puro deleite, e como trazes...
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