plantei aridez, vertigem
neste mar
onde desassossego
e velas me entorpecem
em busca de direção
o meu mar que medra
entre os dedos da mão
que ensandece
tempo crespo entre unhas
no apego, no apelo
na fina lamina d’água
árida como areia e vento
de tão profundo pesar
que acontece nos olhos
lágrima seca, extravio
o que não cabe, o sombrio
mas afoga a vida movediça
15 comentários:
bonito e triste, (talvez um quase ou total) angustiado e desesperante que dá aquele aperto danado
beijos
minha oração do dia é, muitas vezes, teus versos! :-)
Beijos,
Lavrar o desassossego...
Abraço
O amor que segue louco feito solidão de lua, como nau a deriva...abraços.
A lágrima afoga a vida movediça...
Coisa mais linda, Assis!
Sempre...
( Não invente de parar no 1001, por favor!!! Já estou com medo...)
Abraço
Assis!
O que plantas no mar, terás de volta pelos recuos das ondas e da movediça areia que também é vida!
Beijo
Mirze
Desassossegados esses versos... ima vertigem...
Beijo carinhoso, poeta.
E de ofício trazes o brilho de lua sobre um mar imaginário, que não verbalizas.
E eu te abraço, Poeta.
Na perfeição de ofício fecunda a sensibilidade e a torna criadora em diversidade cintilante!
Gosto tanto das metáforas... e da música:
"tempo crespo entre unhas
no apego, no apelo
na fina lamina d’água"
Um beijo
teu ofício ilumina..
beijos poeta..
a começar pelo título (a lua que vaza é de um lirismo arrepiante), passando pelas plantações sem semente que fecundam em lágrima seca, tudo é harmonia poética sobre o grande turbilhão interior.
perfeito, assis!
abraço!
"lágrima seca, extravio
o que não cabe, o sombrio
mas afoga a vida movediça..."
O meu desassossego encontra direção na tua poesia.
Beijo Assis!
Nem todos os mares vêm para o bem.
Arrasou!!!
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