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sábado, 10 de setembro de 2011
702 - variações para um poema de guerra e paz
quando falam em guerra
eu lembro de duas bombas
que explodiram dentro de mim
kamikase que sou
em hiroshima e nagasaki
era assim em átomos
vagas que queimam
ainda na solidão dos dias
quando falam em guerra
eu lembro de duas bombas - duas torres, uma babel -
que não cansam de mutilar (a paz)
admirável o quadro intercivilizacional que subjaz a este lamento surdo. todas as vozes - até a do poeta - convergem neste suspiro violento e terno. abraço!
13 comentários:
Magnífico!!!
Bravo!!!
Abraço comovido
A guerra morde-nos sempre os calcanhares...
Muito bem, Assis!
Abraço
A maior guerra está dentro de nós...precisamos desativar justamente essa bomba...abraços de bom sábado.
Massa, Assis! Paz à sua vida, guerra aos seus versos.
eternas mutilações do bicho homem, que se sempre se orgulhou de ser guerreiro. mas ainda há girassóis.
poema de uma construção inteligentíssima!
abraço.
nas nuvens de cogumelo, nas duas torres do 11 - a an/coragem da paz na beleza do poema.
Não explodiram as bombas sobre a minha cabeça, mas esconderam-se as minas sob os meus pés.
beijosss
Assim é bonito falar em guerra!
Beijo
Mirze
Uma visão ampla com a qual concordo plenamente. Não há nenhuma fronteira entre culpados e inocentes. Não há inocentes entre os senhores da guerra.
Um beijo
L.B.
admirável o quadro intercivilizacional que subjaz a este lamento surdo. todas as vozes - até a do poeta - convergem neste suspiro violento e terno.
abraço!
e o egoísmo humano ..
perfeito Assis..
As bombas explodem invariavelmene dentro de nós.
Beijo beijo.
Muito bom.
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