é do visgo saliente das manhãs
que se tece o quebradiço do olhar
venta calmaria no aroma da romã
como o corpo se achasse em sumo
e provocasse inundação nos lábios
vegetam na campina ervas daninhas
são delas o travo dos passos na vereda
enquanto em folguedo os bem-te-vis
pastoreiam o desjejum dos rebanhos
o mundo acontece em um pestanejar
eu me descortino escorado na janela
com a roupa do passado desabotoada
não me lembro se antes havia horizonte
mas deixo-me perder só e ensimesmado
8 comentários:
Queridíssimo, estava lendo os últimos poemas, em atraso, que ando atrapalhada com o tempo... Coisas mais belas, menino de deus!
E esse então...
"...como o corpo se achasse em sumo
e provocasse inundação nos lábios..."
Assis, leio-te agora em arrebatamento: lindooooooo!!!
Beijos,
"com a roupa do passado desabotoada"..
amei!
beijos querido..
Do visgo saliente das manhãs se tece até outro horizonte ou as roupas novas do rei!
LINDÃO!
Beijo
Mirze
Paisagens ressequidas dos sentimentos...abraços de bom dia pra ti meu amigo.
a alma debruça-se
...
forte abraço,
irmão.
Assis!!!!!Como vc consegue?? Isso é coisa de talento, de alma ou os dois juntos? Sei lá, mas é coisa de Assis e só tua.
"é do visgo saliente das manhãs
que se tece o quebradiço do olhar"
Uma delícia isso!
Muitas beijokas entusiasmadas...rsrsrsr... com todo respeito.
O mundo acontece mesmo em um pestanejar, e quando vai se ver já é passado. Lindo, mais um.
Beijo.
Um pestanejar: é incrível! Abração, Assis. (Sempre admirado com a fluidez e a inventividade dessa sua poesia!).
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