tu me deste esta sina de silencio
de carpir fugas e intempéries
recortaste a face de pretéritos
com esses lábios que invocam
o tumulto de muitos assombros
és-me ilha em meio ao temporal
e não tenho porto para ancorar
um vento ruge de popa a proa
enquanto no horizonte sedoso
acalentas velas em rito de prece
* O Wilson Nanini me plantou este oásis aqui
15 comentários:
O canto já exaurido, o rito segue, o vento cessa.
Maravilha!
Beijo
Mirze
As mil e uma facetas do porto de abrigo...
Abraço
E a ilha em meio ao temporal
pode ser anelado porto
Abraço!
Ilha no meio do temporal...um alivio ao coraçao cansado de se perder....abraços de bom feriado.
Beijinho, poeta Assis!
(en)cantei-me.
Abraços, flores e estrelas, Assis.
"tu me deste esta sina de silencio" - porque há silêncios menos lancinantes do que algumas palavras. talvez não as sereias, mas todos os marinheiros o sabem.
um abraço, poeta!
ilhas no temporal onde não se ancoram são como miragem. miragens são como sonhos. sonhos são como poemas.
abraço.
Que bonita essa imagem "és-me ilha em meio ao temporal..."! Belo canto de sereia...
Bj!
Sempre vivo em versos! Divino, beijos.
Ser ilha em meio a um temporal é ser única. Que coisa mais bonitaaaaa!!!! :)
beijoss
caminhos de vento de amar..
amei Assis.
beijos perfumados..
Sabe, estou em processo de um personagem dificílimo: um barco. Levar à cena o que você descreveu tão bem, é o maior desafio que já enfrentei como ator.
que sina boa pra carregar
qdo a gente lê
parece que ouve
o vento cantar
quanto maior o horizonte menor o sentido do olho.
e sedoso ainda, meu deus..
o silêncio é por vezes tão repleto de coisas, que nele passa uma vida inteira.
carpir fugas é uma imagem espetacular!
beijo
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