oh meu azul de ontem e sempre
minha lágrima quase seca
oh meu embornal de retirante
meu ser insistente de louco pária
são ainda os pés que me conduzem
são de girassóis as minhas estrelas
oh meu azul de ontem e sempre
minha conserva de carne seca
oh meu jaleco de couro arrancado
minhas ranhuras na sola da alma
são dos espinhos que foge a falange
são de nós a dor, o travo, o engasgo
14 comentários:
E logo eu, apaixonada por girassóis, os vi transformados em estrelas em teu poema.
Lindas letras...
eu adoro estas palavras: lágrima, embornal, sola, pária, trago e engasgo. como num dialeto desconhecido ou acabado: apenas pelo som, anterior a tudo.
um beijo.
BELO DEMAIS!
"minhas ranhuras na sola da alma
são dos espinhos que foge a falange
são de nós a dor, o travo, o engasgo"
Mestre! Parabéns!
Beijo
Mirze
sempre se tenta fazer da dor o nunca mais, mas a estrada só se conhece ao nela se pisar. de outras, só lembrança.
muito bom, como sempre!
abraço.
Sua cantiga é ge-ni-al!
É linda!!!
Uma obra-prima!
Merece uma moldura. :)
Um beijo e um "bravoooo", poeta Assis.
adorei os vocativos poéticos... só tu mesmo, poeta Assis!
beijinho de fã!
um poemaço, zé de assis.
engasgo, engulo em seco e sigo, levando poema e poeta dentro do meu embornal.
beijo grande do
roberto.
belo...Aplausos. Bjos achocolatados
engasgo e continuo..
beijos de carinho sempre..
Ai Assis quando li o título fiquei com um medo de ler, pelo" nunca mais", mas quando li azul já me acalmei, certas cores tem essas forças. Beijos
" são de girassóis as minhas estrelas... "
eis a grandeza!
tuas estrelas de girassóis dizem tudo...
que as estradas se fechem no seu próprio ciclo; que delas, em tons de azul, os pés renasçam. o asfalto não é o que pisamos, mas tudo quanto nos move.
abraço!
Engasgo tbém...
Bjos!
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