É de sertão este mar morto que me atinge
No árido movimento dos lagartos
Que deslizam ensimesmados na caatinga
Aqui e ali florescem cactos, mandacarus
Pregam-nos espinhos nas retinas
Acometem-se oásis nos passos das veredas
Pois é do destino ansioso a sombra da rede
Nas asas do pássaro ruflam-se poeira e canto
A lamina de água corta o peixe na raiz
Os meus olhos ensandecem de calor e calmaria
8 comentários:
"Nas asas do pássaro ruflam-se poeira e canto"
LINDO!
Beijo
Mirze
Pois é do destino ansioso a sombra da rede.
Muitas vezes árido anda o terreno do coração...abraços de boa semana pra ti amigo.
Meu amigo aqui estou bebendo as
suas palavras sempre com um
enorme prazer.Felizes dos que
conseguem colocar em palavras
vários sentimentos.
Um beijinho e desejo que esteja
bem.Irene
Lindíssimo !!!Lembrei de outro GRANDE poeta: Manoel de Barros. Ele diz: "As flores dessas árvores ( no caso os cactos), depois nascerão mais perfumadas".
Sensibilidade à flor da pele.
Um abraço, poeta.
Assis querido, sempre um argumento visceral.
Esse universo me divide em encantos e dores.
Bj e boa semana
Beleza agreste essa de calor e calmaria.
Beijo beijo.
a beleza do árido nas tuas palavras..
beijos sempre..
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