segunda-feira, 17 de maio de 2010

217 - cantata (di)amante


anseio reescrever meu ócio no teu corpo
como a maresia que me arde os olhos
como símbolo do desejo que não aplaca
o fervilhar deste sangue em minha língua

20 comentários:

Primeira Pessoa disse...

"Tu és a criança sentada
Que olha o céu. Há um tesouro
No céu - um coração novo. Reconheces
A magnólia estelar? O interstício solar
Da pupila celeste? Ela está sobre ti
E contempla - é verdade que é pelas lágrimas
Que começam as visões.
Sim. Agora posso explicar-te o mistério das águas.
Debruça-te como ele quando escreveu no chão
Irás entender - elas jorram das palavras."

Daniel Faria, em Poesia, pp.334,335


pra ti, maradona.
mago do condão que faz jorrar palavras bonitas.

boa semana, maradona do rio vermelho.

abração do coalhada do capa-porcos.

r.

Sueli Maia (Mai) disse...

Corpo, linguagem e a palavra vadiando em poesia.
" ...de dia lágrimas a noite, amantes - lágrimas de diamante..." Coisa mais linda, assim, teu poema é um diamante de rara lapidação.

cheiros mil

.maria. disse...

quanto cabe em quatro versos. quanto.
beijos.

Lídia Borges disse...

Uma cantata plena de sensualidade!

L.B.

Lou Vilela disse...

Se isso em papel já é bom... rsrs

Excelente safra de tintos, poeta!

Beijos

Fred Matos disse...

Muito bom. Até dá vontade de roubar.
Grande abraço

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

"ócio no teu corpo" como diria Jorge Amado, seria uma vadiagem porreta no corpo termos ócios de prazer

Vanessa Souza disse...

“Temos de contar com *ele como algo suscetível de desencaminhar-nos, e, em muitos casos, instantaneamente”. (LACAN, 2008, p. 262)

*sobre o desejo.

Joana Masen disse...

Um diamante único! Se não fosse seu, com certeza esse poema seria meu, rsss.
Abraço!

Wilson Torres Nanini disse...

é, meu caro! Realmente é uma delicia tortuosa atravessar deserto interminável, bebendo uma água indelével, sentindo uma sede imperecível!

abraços!

Anônimo disse...

Demais, amigo, belíssimos versos.

Abraço.

Marcantonio disse...

Cantata tátil-linguística profana.

Abraços.

Zélia Guardiano disse...

Já estás no 217, e a inspiração sempre renovada e a produção sempre esplêndida!
Quando se fala poeta, fala-se Assis...

Um grande abraço, amigo.

dade amorim disse...

Tão bonito, o poema da paixão, essa delícia que a vida oferece.
Beijo pra você.

Juan Moravagine Carneiro disse...

Vai ser uma intensa escalada...

belo escrito

Jorge Pimenta disse...

há (di)amantes que brilham até no escuro...
um abraço, assis!

Cris de Souza disse...

Brilhante !

Gerana Damulakis disse...

Verso final é forte, denso.

Everson Russo disse...

Sempre fortes e intensos versos...abraços de bom dia.

Aline disse...

Lindo, lindo...