sábado, 31 de julho de 2010

292 - poema sem ponto final

tento fazer um poema
que caiba na palavra
a vida inteira

a lavra derradeira
e nada mais

23 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Agora você me fez lembrar "Canção Amiga" do Milton Nascimento. Porque para mim - amigos, como poemas, são infindos. Este é o ponto.

"Se não me vêem, eu vejo, e saúdo velhos amigos, e distribuo segredos
Como quem ama ou sorri, no jeito mais natural..."

abraço e carinho sem ponto final...

Sueli Maia (Mai) disse...

Ah!
A melodia é do Milton mas o poema é do Carlos Drummond de Andrade

Gerana Damulakis disse...

Apenas o derradeiro verso pode encerrar a vida inteira.

Zélia Guardiano disse...

Todo poema que tentas fazer, tu o consegues, com louvor: a prova está aí! Lindo...
Grande abraço, Assis

Unknown disse...

Lindo, Assis!

Parabéns, poeta!

Um abraço!

Mirze

Primeira Pessoa disse...

coube.
inteirinha.

Primeira Pessoa disse...

"para mai"
permita-me:esse trecho citado é parte do poema de drummond, musicado por milton, nesta inusitada parceria.
canção amiga é o nome.
e é de arrepiar.

beijão,
r.

Ana SSK disse...

Pra caber na palavra...haja poema!

Ana SSK disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana SSK disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vanessa Vieira disse...

Como sempre, magnífico! Adoro essa sua maneira de lidar com as palavras. Abraços!

Marcantonio disse...

Parece que todo poema, ao menos para o poeta, é um ALFA E ÔMEGA, uma circunferência onde principio e fim se encontram ao redor da vida como ponto central. Cada poema, a vida inteira.

Abração, Assis!

Ribeiro Pedreira disse...

os poemas têm vida própria que é a nossa vida inteira.

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Assis,
Esse é sem ponto final mesmo, meu irmão...

Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.

Fred Caju disse...

E assim nós o queremos: reticente, infinito.

Jorge Pimenta disse...

o poema é um arrepio; o título é toda a pele!
um abraço, assis!

Lou Vilela disse...

Haja vista que as partes compõem o todo, teu poema já vem sendo escrito meu caro. ;)

Beijos

Anônimo disse...

E a gente lê para se achar, se procura, entra dentro do poema... ;)

Andrea de Godoy Neto disse...

e nesse cabe a vida inteirinha, sem ponto final

beijo

Cris de Souza disse...

Suspeito que conseguistes o feito...

Cris de Souza disse...

(Haja reticências...)

Luiza Maciel Nogueira disse...

a tentativa é bem sucedida o desejo de poetizar a vida toda está aí nesse pedaço poesia de esperança!

Beijos

Daniela Delias disse...

E coube, como tudo o que há por aqui. Bjão!