quinta-feira, 12 de agosto de 2010

304 - Balada de estranho negrume


Se no naufrágio dessa sede
Nada cede, intercede e ora
Põe língua e sal, e com azedume
Recria a manhã de tão vasto amanhã

23 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Há dias que anoitece mais cedo.
Para irromper de um mergulho profundo, carece - no susto - um impulso e o desejo de não se afogar.

Não demora, lá vem o sol de primavera

cheiros

líria porto disse...

das vez a boca amarga... a sorte é que não sempre!
besos

líria porto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Everson Russo disse...

Que essa boca amarga seja uma nova poesia...abraços.

nydia bonetti disse...

ando assim, tentando recriar manhãs. beijo, assis.

Jorge Pimenta disse...

o elixir da re.criação, re.novação, re.edificação. sempre por via das palavras, verdade, poeta? através destes cristais diáfanos, toda a existência tem morfologia e alma. e tudo vale a pena.
um abraço, assis!

Tania regina Contreiras disse...

Assis, e o teu livro, meu caro? Balada de estranho negrume me traz o anseio de tecer luzes dos frágeis fios da escuridão.
Será belo o teu livro, porque belos são seus versos, e provocadores sempre.
abraços,

Anônimo disse...

Seus poemas são facas de dois gumes. E é um estilo próprio. Único, exclusivo, daqueles que marcam pela essência de ser. Parabéns pelos poemas e pelo estilo. Tenha um ótimo dia Assis. Abraço.

Joana Masen disse...

balada para ser repetida a cada novo amanhecer.
bjo!

Sandra Gonçalves disse...

E se a sede for de doce, adoça a vida e a manhã de amora...
Bjos achocolatados

Unknown disse...

Belíssimo!

Uma sede que naufraga.

O sal que tempera e cura.

Se for vasto o amanhã, a própria manhã recriar-se-á.

Fabuloso!

Beijos, poeta!

Mirze

nina rizzi disse...

a língua já te é oração
nesse mar de sal
[dades muitas
- nau frágil é a sede.

beijos.

Zélia Guardiano disse...

Lágrimas: gotas de um mar , água salgada...
Abraço

dade amorim disse...

Mas o sol sempre renasce.

Beijo, Assis.

Ribeiro Pedreira disse...

o gosto de febre seca a boca e naufraga a manhã.

[ rod ] ® disse...

Se no nada do que pensares ainda viveres põe mel ao fel diário.

Abs me caro

Luiza Maciel Nogueira disse...

recriar o sol, (a esperança) de cada dia :)

bjs

Female disse...

Entre o doce e o azedo..O dia se dissolve...
Deixo-te beijos e tulipas!

Anônimo disse...

À sede, pimenta
do reino seu,
poético.

Beijo.

Batom e poesias disse...

Assis, "um galo sozinho não tece a manhã", como diria João Cabral.
Um brinde!

bj
Rossana

J.F. de Souza disse...

o sol
renasce
sempre

espero que, com ele,
minh'alma volte.

Gerana Damulakis disse...

Grande lance de significados.

Andrea de Godoy Neto disse...

mas o azedume passa, tomado pelo espanto do alvorecer dos dias, das manhãs recriadas

um beijo