para que continuemos estranhos
não vamos nos permitir a saudade
entremos por aquela porta que se ergue
como uma escada para as montanhas
e assim, sós, possamos divisar
o horizonte que não habitamos
e todos os distantes rios que ainda
deveremos naufragar as nossas ânsias
20 comentários:
Rapaz, como se a nostalgia se estendesse para as duas pontas do tempo. A simplicidade de uma imagem pode ser reveladora! A idéia de um horizonte inabitável é perfeita para definir um ideal jamais alcançado, e essas ânsias naufragadas.
Abração
Nessa vida é impossivel nao nos permitir saudade,,,ela vem e faz a nossa náu, que já esta à deriva,,naufragar...abraços de otima semana.
naufragar os dias num pote de vidro sem saudade nem lembranças. Ah, que linda poesia Assis!
bjs
um cavaleiro a batalhar contra moinhos de vento... contra o inevitável.
Permita-me o trocadilho:
"em Assis, nós possamos divisar
o horizonte que não habitamos...". Bjos de fã.
Para que continuemos estranhos, naufraguemos!
Assis! Capricho de nostalgia num domingo!
Beijos
Mirze
Não vamos nos permitir a saudade...
Ah, Assis, que esperto você é: a saudade é o começo de tudo que não deve ser... Ai!
Abração, amigo, neste domingo ensolarado por aqui...
Você me faz pensar na intimidade que a saudade cria, Assis, é bem verdade. É como se a ausência sentida se fizesse ponte. Belo poema...
Beijo,
Assis, meu camarada:
uma amorosa sugestão de convivência
com a solidão das próprias
lembranças.
Forte abraço.
Belo poema, Assis.
E que assim seja!
Poeta, hoje conheci o trabalho de uma conterrânea sua, Carol Pereyr, parece um roxinol cantando e, rapaz, me pergunto se todo mundo desse terra é talentoso assim.
Abraços...
Belo poema, lindas imagens.
Beijo pra você.
Coisa boa foi poder passear por essa linda Casa. Obrigada. Através da Nydia, me sinto privilegiada, uma neném aprendiz. Estou aprendendo a 'me' perceber através das palavras Poeta Assis. Sou toda saudade, naufrago na nostalgia por inteira e nunca desisto em ousar novos horizontes. Encantadora Casa que voltarei sempre. Se desejar, com toda humildade, pode passear pela minha também!
Com amor e carinho de uma aprendiz,
Sílvia
http://www.silviacostardi.com/
porra, macho, ando tão aristotélica que dá não, visse...
n.
nossa, mas é tão lindo isso, assis, que dá até vontade de morrer na caverna, por mais inseguro que seja.
beijos.
Tudo o que ainda há de ser
na sua poesia banha-nos
realiza-nos.
Beijo, poeta dos sonhos.
a estética de um não ter que faz sofrer; numa mesma linha, a do ter que... faz igualmente sofrer.
robertílimo dizia, lá no primeiríssima pessoa, e a propósito dos mineiros "gente estranha, esta"; pois, este bem querer e nada ser não escolhe nacionalidade ou pátria; é condição da fronteira humana.
antónio variações, poeta e músico incompreendido que apenas viu o seu mérito reconhecido depois da morte (foi o primeiro caso de morte com SIDA em portugal) tinha um refrão que rezava assim: "eu estou bem aonde não estou e só quero ir aonde não vou" :)
um abraço!
Assis, essa descrição é perfeita e o poema de uma beleza que dói...
esse horizonte que não habitamos é como a constante presença de uma ausência
um beijo
Perfeito!
Belíssimo! Vou guardar isto prá mim. posso?
cheiros
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