quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

440 - poema de olhos e cabelos cansados

é estranha esta tarde que se avizinha
pois do que sei não garanto certezas
vago de bem e mal de mão em mão
o tempo urge na caligrafia das unhas
areia e pele riscam em porto e pouso
tudo faço e refaço para soar estranho
deleite para brisas e raros pássaros
já não comando as pernas e passos
em única mirada os cabelos cansados

16 comentários:

Domingos Barroso disse...

camarada Assis dá uma espiada no poema que acabei de escrever
um poema muito semelhante melodicamente igual
ao seu poema.

você dá a nota.

abraço imenso.

Everson Russo disse...

Que esse poema seja o repouso das pernas e passos cansados em paz...abraços de bom dia.

Luiza Maciel Nogueira disse...

a estranheza deveriamos abraçar, para não cansar-mos do diferente. cada poesia tua reflete algo. Beijos!

Batom e poesias disse...

Gostei muito, mas será que entendi?

:)

bj
Rossana

Wanderley Elian Lima disse...

Ninguém garante certezas. Quem tem certeza perde a oportunidade de aprender.
Grande abraço

Zélia Guardiano disse...

Certezas, quem as tem, meu querido Assis?
Eu só tenho uma: você é magnífico poeta!
Abraço bem forte...

Néia Lambert disse...

Assis estou conhecendo seu blog hoje, adoro poesias e quantas encontrei por aqui!
Um abraço

Lívia Azzi disse...

O homem será sempre incompleto e angustiado pois é um condenado à liberdade, à carência e às escolhas...

Um beijo!

Lau Milesi disse...

Lindo.O título, então...Mas não canse nunca de escrever. Eu nunca cansarei de ler seus poemas, tenha certeza.
..."vago de bem e mal de mão em mão
o tempo urge na caligrafia das unhas
areia e pele riscam em porto e pouso.." D + .Sublime.
Um poema dentro de outro.
Beijo, poeta Assis.

Gustavo disse...

As contraposições dão uma sentido fantástico, Assis.

Abraços!

Anônimo disse...

Não há nada que saia da sua escrita que não seja o mais poético e dilacerador verso.

Beijo.

Cris de Souza disse...

grande assis!

estranhamentos são tão familiares...

beijo, querido.

Primeira Pessoa disse...

assis, as tardes são das coisas mais estranhas de que tenho conhecimento.
ja pensei qm escrever alguma coisa sobre as serventias da tarde...

cê resolveu meu teorema.

Unknown disse...

ASSIS!

Acredito! É tamanho seu talento que há deleite nas brisas e pássaros.
Mas deve ser cansativo a obrigação diária de construir.

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Anônimo disse...

não existe balança que nos diga o peso de uma vida
beijos
Laura

Jorge Pimenta disse...

amigo assis, se os olhos e os cabelos se encontram cansados, ousarei perguntar pelo estado do coração?...
um abraço vivo!