terça-feira, 17 de agosto de 2010

309 - solilóquio de tanto cansaço

Quis dar destino a esta vaga ancestral
Que me impulsiona olhos em vertigens
Que perambula moura vento e escárnio

Quis dar forma ao arredio que me invade
Que me põe entre os gestos e os atos
Que converge em temporal e cadafalso

18 comentários:

Anônimo disse...

Sua poesia legitima qualquer querer. Não apenas os seus, mas os de quem com ela se identifica, como eu.

Abraços

Insana disse...

Cada dia que venho aqui me apaixono mais pelos seus poemas.

bjs
Insana

Daniela Delias disse...

Não dê forma, não...deixa assim rs rs. O que em teu verso se faz arredio traz vertigens diárias e necessárias para nossos olhos! Bj!

Tania regina Contreiras disse...

Em busca de destino e forma, caro Assis, trouxe-nos versos como estes, que nos põe em giros. A vertigem é nossa e é boa...
Abraços,

Jorge Pimenta disse...

o volitivo do verbo no pretérito associado ao destino e à forma reenviam para um tempo de não retorno, onde o diálogo se dilui em palavras de uma só voz, como se as bocas jamais voltassem a tocar-se... numa in.definida despedida.
um abraço, poeta das mil e uma sensações!

Ribeiro Pedreira disse...

quis a sensação de um enforcado
à luz do 309, mas um voo libertino tomou-me pelas asas.

Ave, POETA!

Domingos Barroso disse...

Ir-se sem avistar horizontes.
Ultrapassar céus sem mover-se.
Um estado de alma profundo.

Assis, meu camarada
forte abraço.

Unknown disse...

O que converge para este solilóquio, somos nós que o lemos e não cansamos.

Belíssima imagem do "temporal e cadafalso"

Beijos

Mirze

Primeira Pessoa disse...

belo poema, assis.
tem mais de 40 anos que to tentando usar a palavra cadafalso num texto meu.

caiu redondinha, no seu.

beijão,
r.

Luiza Maciel Nogueira disse...

aprendo cada palavra contigo! e uma aventura tbm perambular pelos teus versos!

dar forma ao que nos toca...mas invadir é quanto fere a pele do verso e confere o sangue que dói a ferida e não cicatriza.

bjs

Sandra Gonçalves disse...

Aqui me encanto e me perco em devaneios...
Bjos achocolatados

Joana Masen disse...

é tanto...

bjo poeta!

Sueli Maia (Mai) disse...

E nesse intento, mato-me e morro-me mil e uma vezes.

Ô agonia!
cheiros

Lua Nova disse...

Esses me calaram fundo... você falou de momentos meus que mal consigo definir, escancarando-os à sangue frio.

Beijos, poeta.

nydia bonetti disse...

Nem me fale do cansaço. Há muito desconheço a forma e o destino do meu. Beijo, Assis.

Primeira Pessoa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

É o que tentamos sempre, poeta. E é o que tu consegues!

=*

Gerana Damulakis disse...

Bravo!